Uma dívida de aproximadamente R$ 74 mil de uma igreja evangélica com um pastor virou caso de Justiça, e agora a denominação foi obrigada a leiloar um imóvel para que o saldo fosse quitado, com juros e correções monetárias, totalizando R$ 200 mil.
O caso envolve a igreja Assembleia de Deus, de Serra (ES) e o pastor Agmar do Nascimento Nilo, que era pastor na congregação de Serra Dourada I, quando foi convidado pelo pastor Delio Nascimento a integrar o corpo pastoral de sua denominação, sediada no centro da cidade.
O advogado do pastor, João Luiz Castello Lopes Ribeiro, afirmou ao portal Gazeta Online que Agmar e a Assembleia de Deus Ministério de Serra, dirigida pelo pastor Nascimento, assinaram um “contrato social de jubilação”, com a transferência do templo onde Agmar era pastor antes para o Ministério de Serra, e o tornava pastor da denominação.
O contrato seria vitalício, mas na prática “eles deixaram de pagar de pagar várias mensalidades do estabelecido no contrato de jubilação”, segundo Lopes Ribeiro. Com os seguidos atrasos, o contrato foi rompido, e para receber as mensalidades pendentes, o pastor acionou a Justiça em 2012.
Em junho de 2016, a juíza Cinthya Coelho Laranja determinou que o terreno localizado ao lado do templo do Ministério, no Centro de Serra, fosse leiloado para a quitação da dívida. Embora a decisão seja de dois anos atrás, ela só será executada no dia 17 de abril de 2018, data marcada para a realização do leilão do imóvel, que vai acontecer na sede da 4ª Vara Cível da Serra.
O advogado Lopes Ribeiro afirmou que o excesso de recursos segurou o andamento do processo, o que rendeu à Assembleia de Deus uma multa por litigância de má-fé, que se dá quando uma das partes do processo usa de forma maldosa os recursos para prejudicar a outra parte.
“Eles estavam questionando coisas que já haviam questionado antes e sido decididas”, afirmou Lopes Ribeiro.
Já o representante da Assembleia de Deus Ministério da Serra e do pastor Delio Nascimento, Luiz da Muzi, afirmou que a informação é falsa, mas não esclareceu os questionamentos em torno da decisão judicial.