Kaya Jones, ex-integrante da famosa banda Pussycat Dolls, falou pela primeira vez sobre seu arrependimento por ter feito três abortos “dolorosos”, e aproveitou para encorajar outras mulheres a ponderarem sobre o quanto é “prejudicial” interromper uma gravidez.
A cantora, que se converteu e foi batizada nas águas em junho de 2021, participou de um podcast e contou com detalhes sua experiência de ter se submetido a três abortos ao longo de mais de uma década.
Ela falou que seu primeiro aborto foi aos 16 anos, antes de entrar para a banda: “Depois do primeiro, você não acha que fez nada de errado. Depois de cruzar essa linha, é uma ladeira muito escorregadia para continuar a cruzar essas linhas”, declarou.
Hoje com 38 anos, Kaya Jones afirmou que por ser “muito jovem, [atuar] na indústria da música, sem receber nenhuma orientação além do que eu acreditava”, não mediu consequências ao decidir abortar.
De acordo com informações do portal The Christian Post, Kaya disse que estava tomando pílula anticoncepcional na época e que “não funcionou”: “Eu não senti que isso foi assassinato, se você quiser [saber]. Eu não entendi nada disso. Eu não falei com minha família sobre isso. Eu não falei com ninguém sobre isso. Eu fui e foi feito, e não precisei do consentimento de ninguém”, acrescentou.
Seu segundo aborto ocorreu depois de se juntar às Pussycat Dolls: “Disseram-me para me livrar disso”, lamentou. “Naquele momento, porque eu já havia feito um aborto anteriormente, não achei que fosse grande coisa”.
No entanto, houve complicações do procedimento: “Na verdade, tive uma hemorragia e fiquei muito doente”, disse ela, que tinha 30 anos à época. A gravidez foi fruto de um estupro cometido por “alguém com quem estive no passado, que se impôs a mim”.
Embora inicialmente ela quisesse “ficar com o bebê”, terminou fazendo o aborto depois de passar por estresse e complicações. O terceiro aborto também causou complicações e a deixou “muito doente”.
“Desde o último dia dessa série de traumas, tornei-me muito, muito inflexível em falar sobre pró-vida”, afirmou ela ao podcast do movimento Students for Life of America, acrescentando que essa foi a primeira vez que ela falou em detalhes sobre os três abortos.
“Cada um pelo qual eu tive que orar, cada um que eu tive que falar com Deus, foi uma jornada muito particular para manter meu bem-estar mental, emocional e espiritualmente intacto”, disse ela.
“Você vai se arrepender por toda a vida. […] Mesmo que eu me torne mãe amanhã e tenha um casamento feliz e tudo esteja bem, ainda vou me arrepender dos três filhos que não tive. É muito doloroso; há muita raiva, muita frustração, muita falta de conhecimento, muito arrependimento. Nada pode fazer isso desaparecer, exceto o próprio Deus, quando você se coloca aos pés d’Ele e pede a salvação nessas questões”, enfatizou.
“Quero ajudar as mulheres a não cometerem os mesmos erros que eu. É hora de mudar. É uma vida. Sou uma das muitas mulheres que sentem vergonha de falar sobre esse assunto publicamente, mas acredito que é hora de falar mais sobre isso, as mulheres jovens não saberão a realidade dos danos causados pelo aborto. Devemos expor a verdade. É hora”, escreveu ela no Twitter.
“Espero um dia ser mãe. Espero ser esposa e poder compartilhar o que acredito ser o maior presente e, finalmente, o maior trabalho que você terá neste planeta como mulher é ser uma mãe”, finalizou a artista.