Victor Ferraz, jogador de futebol, sempre foi evangélico desde que despontou na elite do futebol brasileiro. Lateral direito do Santos, ele chamou a atenção da imprensa ao dizer que não fala palavrões.
A história de Victor ganhou destaque, pois o jogador – filho de um casal de missionários evangélicos – garantiu que em seus 28 anos de vida, nunca falou palavrões.
Criado na igreja desde os seis anos de idade, ele revelou ainda que pretende seguir o ministério dos pais e se tornar missionário quando concluir a carreira no futebol. “Eles são a minha principal inspiração junto com a minha esposa. Eles são missionários, não vivem somente da obra, mas desde pequeno me criaram dentro do Evangelho, no caminho que deveria andar. Desde pequeno tenho esse temor ao Senhor, procurando aliar o profissional com o espiritual. Não sei se vou trabalhar com o futebol [após a aposentadoria], se vou partir para a obra, trabalhar na Igreja, abrir um negócio. Pode ser [como missionário]. Alguma coisa na Igreja eu vou fazer”, afirmou.
Em entrevista ao Uol, Victor Ferraz disse que ele e o colega Ricardo Oliveira – que é pastor da Assembleia de Deus – sofrem com provocações dos companheiros de profissão.
“Temos um grupo muito jovem, que gosta de brincar e zoar. Eu sou um desses, é inevitável que tentem brincar comigo também. Quando estamos em aeroporto, jantar ou comer, passa uma mulher mais bonita, ficam olhando para mim e também para o Ricardo, para ver o que vai fazer também. Mas levamos mais no lado da brincadeira, não só pela questão de ser evangélico, ou não, muitos temem a Deus, participam das reuniões, gostam de ouvir as palavras então torna tudo mais fácil”, contou.
Sobre seu perfil, de não falar palavrões, garante que isso não o torna especial: “Isso não faz de mim nenhum santo ou anjo, porque tenho erros como todo mundo e a qualquer momento pode ser que saia [um palavrão], que eu erre. Mas quando você tem uma forma de viver bem focada, que você sabe o que quer para a sua vida, fora o costume de desde muito novo, meus pais me incentivaram a nunca falar palavrão, ou ofender ninguém, é algo que se torna hábito. O palavrão não faz parte no meu dia-a-dia, nem no momento de mais raiva ele sai. Pode até sair uma palavra que ofenda mais às pessoas, mas que não se caracteriza um palavrão em si. Comecei a ir para a Igreja quando eu tinha 6, mas com 11, 12 anos passei a entender completamente a Palavra, o que queria para a minha vida”, concluiu.