Um vídeo circula nas redes sociais evidenciando a diferença de abordagem da mensagem bíblica entre o que se define como “liberalismo teológico” e a pregação que preserva o fundamento das Escrituras. A gravação compara trechos de sermões de Ricardo Gondim, líder da Igreja Betesda, e Augustus Nicodemus, pastor presbiteriano.
Em uma gravação de aproximadamente um ano, Ricardo Gondim diz que a afirmação bíblica sobre a caminhada de Jesus sobre o mar para encontrar-se com os discípulos é meramente ilustrativa sobre superar os perigos das águas:
“Jesus andou em cima das águas? Pelo amor de Deus! O texto está lá não para a gente ficar propalando que Jesus realmente andou em cima das águas, porque para andar em cima das águas você precisa ter esqui, ser puxado por um barco. Aí você consegue andar em cima das águas. Por quê o texto está lá? Porque no mundo primitivo as águas eram uma ameaça”, diz Ricardo Gondim.
Em seguida, um trecho de um sermão de Augustus Nicodemus pregado no dia 6 de outubro de 2011 descreve exatamente as características do que seria um discurso contaminado pelo liberalismo teológico, negando partes essenciais das Escrituras:
“Liberalismo teológico nega a autoridade da Escritura, nega o sobrenatural na Escritura, não crê nos milagres bíblicos, entende que a ressurreição de Jesus na verdade é uma interpretação que os discípulos de Jesus fizeram pós-Páscoa do Jesus da história transformando-o no Cristo da fé; que quando os cristãos falam de ressurreição na Bíblia não é que Jesus ressuscitou literalmente, mas que a morte dele ganha sentido no kerigma, na pregação”, introduz Nicodemus.
“Então, da mesma forma que a gente diz assim ‘ah, Steve Jobs vai viver eternamente’ – morreu ontem Steve Jobs – ‘ele vai viver toda vez que eu olhar para um iPhone’. Eles dizem que é a mesma coisa: todas as vezes que os discípulos pregavam que Jesus morreu por nós, Jesus ressuscitava, mas não houve de fato a revivificação de um cadáver naquele terceiro dia, naquela sepultura”, finaliza.
O pastor Renato Vargens compartilhou o vídeo em sua conta no Instagram e comentou: “Sem sombra de dúvidas o liberalismo teológico é um câncer que vagarosamente arrebenta a saúde da Igreja. Como bem afirmou Augustus Nicodemus os ‘liberais são parasitas, assim como um vírus se instala num organismo debilitando o corpo do indivíduo, assim também eles se instalam na igreja sugando-a até ficar só a carcaça, para depois buscar outro hospedeiro’”.
Vargens, que lidera a Igreja Cristã da Aliança, resume o liberalismo como “um tipo de lepra, uma praga que se não combatida produz os piores males”.
“Seus sintomas costumam ser mascarados com o discurso do amor, da piedade e da salvação universal. Cuidado com ele! Aos primeiros sintomas, aplique na alma as verdades inquestionáveis das Escrituras. Somente assim serás livre deste mal”, concluiu.
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