A cantora Priscilla, ex-Alcântara, parece estar muito decidida em continuar seguindo o seu próprio entendimento do que significa a fé cristã. Em uma entrevista recente, a ex-gospel afirmou que agora vive em uma espiritualidade “autônoma”, onde não depende de pastor para lhe ensinar sobre Jesus Cristo.
A fala da ex-cantora gospel repercutiu bastante na mídia secular, já que transmite uma ideia que contraria ensinamentos da Bíblia Sagrada, enquanto que, por outro lado, alimenta a visão distorcida do mundo sobre o significado de independência espiritual, social e intelectual.
“Minha fé continua no centro da minha vida, sendo a base da minha caminhada. Mesmo que visualmente eu tenha mudado muito, tenha tido ideias e conceitos atualizados, continuo crendo em Jesus, mas consciente de que a minha fé não me impede de viver, de pintar um cabelo, de vestir uma roupa, de fazer uma música”, disse ela.
Ao continuar, porém, ela disse: “Tenho paz fazendo o que estou fazendo, não há conflito entre mim e minha fé. Hoje ela é autônoma, não dependo de um pastor me explicando quem é Jesus ou me doutrinando, fui me libertando do fundamentalismo religioso, impedindo que as pessoas instrumentalizassem a minha fé.”
O pastorado bíblico
A Bíblia está repleta de ensinamentos sobre a importância do pastoreio, que basicamente significa a vocação de conduzir a Igreja de acordo com a vontade de Deus registrada por escrito pelos profetas e discípulos de Jesus Cristo.
Em 1 Pedro 5:2, por exemplo, a Escritura diz sobre os pastores, com destaque nosso: “Pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir.”
Em Atos 20:28 é possível observar, também, a mesma atribuição de cuidado delegada aos pastores. Isto é, os vocacionados ao ministério pastoral têm a responsabilidade de cuidar da Igreja, o que significa acolher, ensinar, corrigir e repreender conforme os ensinos da própria Bíblia.
“Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo os designou como bispos, para pastorearem a igreja de Deus, que ele comprou com o seu próprio sangue”, diz a passagem, também com nosso destaque.
Rebeldia
Se, por um lado, cabe ao pastor cuidar da Igreja que, voluntariamente, se submete à sua autoridade espiritual por reconhecê-lo como ungido por Deus, por outro há a rebeldia como uma característica de rejeição a tudo o que exige do ser humano alguma abdicação, como a vida de pecados.
Em 2020, o pastor Franklin Graham admitiu que ele mesmo passou por um período de rebeldia em sua vida. “Eu simplesmente não queria que Deus dirigisse minha vida. Queria dirigir minha própria vida. Queria me divertir”, disse ele.
Como é possível notar, o renomado evangelista apontou que a sua visão sobre uma vida supostamente de independência e autodeterminação, na verdade, era um engano, pois contrariava o princípio bíblico de que dependemos totalmente de Deus.
“Ia à igreja porque era o que esperavam que eu fizesse […] Na minha adolescência, estava mais interessado em agradar a mim mesmo. Simplesmente virei as costas para Deus e tentei servir a mim mesmo”, confessou Graham. Veja também:
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