Chamou atenção das mídias cristãs um artigo publicado por um “especialista independente” da Organização das Nações Unidas (ONU), onde o mesmo argumenta que a liberdade religiosa não deve se sobrepor às reivindicações do público LGBT+ no tocante ao seu estilo de vida.
De acordo com informações oficiais da própria ONU, Victor Madrigal-Borloz foi nomeado especialista independente “em orientação sexual e identidade de gênero”. Ainda segundo o órgão, “ele é o segundo especialista independente a servir nessa capacidade.”
Em seu artigo, Victor diz que as crenças religiosas que confrontam o estilo de vida LGBT+ devem estar “além do escopo da liberdade correta de religião ou crença”. Ou seja, não devem ser amparadas pelo direito à liberdade religiosa.
Isto significa que se um pastor, padre ou rabino ensinar que a relação com pessoas do mesmo sexo é pecado, sendo a homossexualidade condenada por Deus, e isto for considerado ofensivo pelo público LGBT+, tal ensino não deve mais ser protegido pela liberdade religiosa, mas sim eliminado!
Para Victor, crenças que confrontam o estilo de vida LGBT+ “pode ter consequências graves e negativas para a personalidade, dignidade e espiritualidade das pessoas LGBT”, motivo pelo qual não devem ter a garantia da liberdade religiosa.
“Posições de preconceito violentas e discriminatórias estão além das proteções legais internacionais de crenças religiosas ou outras, disse”, argumenta o especialista independente da ONU.
Alerta de Instituto
O posicionamento de Victor já havia sido rebatido pelo Religious Freedom Institute (RFI) (Instituto de Liberdade Religiosa, em tradução livre do inglês), que emitiu um alerta sobre o risco de que esse discurso se torne mais uma ferramenta de perseguição e censura aos cristãos.
“Os proponentes da política ‘SOGI’ [sigla usada para se referir às políticas de promoção à agenda LGBT+] tendem a caracterizar qualquer recusa em afirmar expressões ou condutas ‘SOGI’ como ‘discriminação’ odiosa”, explica a RFI.
“Como resultado, a política ‘SOGI’ pode ser usada amplamente contra pessoas e instituições religiosas”, conclui a entidade. Saiba mais a esse respeito na matéria abaixo:
ONU poderá restringir liberdade religiosa em nome dos direitos LGBT, alerta entidade