O deputado federal e pastor evangélico Otoni de Paula terá que enfrentar mais um processo judicial, dessa vez na mais alta corte do país, o Supremo Tribunal Federal (STF). Isso, porque, os magistrados formaram maioria para torná-lo réu por ter feito ofensas ao ministro Alexandre de Moraes.
De acordo com a denúncia contra o parlamentar, Otoni teria praticado difamação por cinco vezes e injúria por 19 vezes entre junho e julho de 2020. Na época, o deputado chegou a pedir o afastamento de Moraes, chamando-o de “canalha”.
“Alegada ausência de dolo específico não constitui matéria estritamente de direito e não está demonstrada de plano e de forma evidente, razão pela qual não se mostra apta no presente caso a ensejar rejeição de plano da denúncia”, disse em um trecho do seu voto o ministro Nunes Marques, relator do processo, segundo o Poder360.
Crítico ferrenho
Desde 2020 o pastor Otoni de Paula vem apresentando críticas ferrenhas ao ministro Alexandre de Moraes. “Não vou recuar um milímetro. Dentro do que a democracia me permite, dentro do que a Constituição me permite, este deputado federal aqui, este cidadão brasileiro, investido da autoridade parlamentar, não vai recuar um milímetro”, disse ele em certa ocasião.
Prevendo retaliações, o pastor chegou a gravar um vídeo para dizer que poderia ser preso a qualquer momento. “Não tenho rabo preso com ninguém”, declarou o deputado na gravação.
Na ocasião, o pastor falava das investigações contra o seu nome no inquérito dos “atos antidemocráticos”, também conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, a quem o deputado já chamou de “déspota”.
“Tenho consciência de que a minha voz está incomodando. Se acontecer, não tenham dó de mim. Eu tenho consciência da batalha que eu estou travando e contra quem estou travando”, disse o pastor na gravação. Saiba mais, abaixo:
Otoni de Paula diz que poderá ser preso ‘a qualquer momento’ por ordem de Moraes