Na Coréia do Norte, a liberdade religiosa é prevista na constituição e em outras leis do país. Porém, na prática a realidade vivida pelos cristãos coreanos é bem diferente que a prevista nas legislações do país.
Segundo o Relatório Internacional sobre Liberdade Religiosa, produzido recentemente pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, assim como em alguns outros países em que a pregação cristã é considerada ilegal, na Coréia no Norte a população ainda está sob domínio de um governo que limita a prática religiosa.
De acordo com o documento, apesar de estar prevista na constituição, a liberdade religiosa não existe em território norte-coreano. No país, é necessário que os grupos religiosos sejam reconhecidos pelas autoridades do governo, que os supervisiona de maneira rígida, e reprimem reuniões de oração não autorizadas, além de reagir duramente àqueles que se envolvem em atividades religiosas consideradas “inaceitáveis”.
De acordo com o ministério Portas Abertas, levantamentos feitos por grupos de defesa dos direitos humanos apontam que membros de igrejas cristãs clandestinas na Coréia foram presos, espancados, torturados e mortos por causa de suas crenças religiosas nos últimos anos, e que estima-se que entre 150 e 200 mil pessoas estejam em campos de prisioneiros políticos; muitos, por motivos religiosos.
O governo da Coreia do Norte não permite que representantes de governos estrangeiros, jornalistas ou de qualquer outro movimento pela liberdade avaliem as condições de direitos humanos no país, impedindo a confirmação oficial dos abusos relatados. Porém, relatos de desertores que estiveram encarcerados mostram que prisioneiros detidos em razão de suas crenças religiosas geralmente eram tratados de maneira mais rígida do que os outros, detidos por outros motivos políticos.
Depois de tentar reprimir os cristãos que lutavam por liberdade política, o governo tentou obter o apoio deles ao regime, mas como não teve êxito em sua tentativa, acabou por iniciar um esforço sistemático para exterminar o cristianismo do país.
Redação Gospel+