A teologia inclusiva, encampada por homossexuais que não se conformam com a pregação de que relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo é pecado, ganha força e adeptos em diversos países.
Matthew Vines, 23, foi criado pela família numa igreja presbiteriana do estado do Kansas, nos Estados Unidos. Homossexual, Vines criou o Projeto Reforma, e tem se empenhado para convencer outros líderes cristãos a partilharem de sua interpretação da Bíblia, que não classifica a homossexualidade como pecado e também não desaconselha os relacionamentos gays.
Junto a ele, outros 50 líderes evangélicos homossexuais estão trabalhando numa proposta de diálogo com as correntes conservadoras do protestantismo, que envolvem diversas denominações.
O encontro foi realizado no último fim de semana na cidade de Prairie Village, também em Kansas. “Esta conferência é importante porque representa realmente a próxima fronteira do movimento LGBT, que é o trabalho para mudar as mentes dos cristãos conservadores sobre as relações entre as pessoas do mesmo sexo”, declarou Vines, segundo informações da agência Associated Press.
Segundo Vines, os homossexuais cristãos não devem deixar a fé por causa da pregação contrária à prática: “Eu sou um cristão gay que cresceu em uma igreja conservadora e que ainda tem um monte de amigos e familiares em igrejas conservadoras. Estou tentando capacitar pessoas para que elas sejam capazes de permanecer em igrejas que não são favoráveis à sua orientação sexual”, disse.
“Muitos cristãos conservadores estão dispostos a ouvir, mas não é possível falar com eles sem ter um conhecimento pleno das Escrituras”, argumentou Vines, que entende que muitas igrejas podem aceitar iniciar um diálogo com a comunidade LGBT.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+