A antipatia de políticos e ativistas britânicos contra o pastor Franklin Graham continua sendo explicitada através de ações ostensivas contra suas pregações e participação em eventos.
O pregador norte-americano virou alvo do prefeito de Liverpool, que pediu a remoção de anúncios nos ônibus da cidade promovendo o próximo evento de Graham, e afirmou que o motivo da censura são as crenças do pastor a respeito da homossexualidade e do islamismo.
Os anúncios, colocados em ônibus em Liverpool, perguntam aos passageiros se eles estão “procurando algo mais” e mostram uma imagem do líder evangélico de 69 anos, e trazem informações sobre a turnê “God Loves You”, organizado pela Associação Evangelística Billy Graham e programado para ocorrer em 14 de maio no Centro de Exposições de Liverpool.
Os críticos da cruzada evangelística – mais notavelmente o prefeito de Liverpool, Steve Rotheram – chamaram Graham, filho do falecido evangelista Billy Graham, de “conhecido pregador do ódio” devido à sua oposição à união entre pessoas do mesmo sexo e ao islamismo radical.
“Dizer que estou zangado porque as opiniões de um conhecido pregador do ódio – que tem um histórico terrível de opiniões homofóbicas e islamofóbicas – estão sendo exibidas em qualquer lugar da região da nossa cidade seria um eufemismo”, disse Rotherham à BBC.
Os anúncios estariam sendo removidos pelas empresas de ônibus, já que o prefeito Rotheram fez a solicitação pessoalmente.
Histórico de perseguição
Essa não é a primeira vez que Graham enfrenta críticas por seus pontos de vista no Reino Unido, embora o pastor tenha vencido uma batalha judicial sobre uma polêmica semelhante, iniciada em 2018 e encerrada em 2021.
Mark Barber, porta-voz da Associação Evangelística Billy Graham, disse que o que é perturbador nesta última disputa é como os funcionários públicos – neste caso, o prefeito de Liverpool – estão aceitando abertamente posturas hostis ao cristianismo:
“Certamente respeitamos os direitos dos outros de discordar de nós em questões de crença religiosa”, disse Barber ao The Christian Post. “É decepcionante, no entanto, que funcionários públicos eleitos para representar toda a sua comunidade descrevam as visões tradicionais dos cristãos como ‘discurso de ódio’ e realmente usem seu cargo para discriminá-los e interferir na expressão de suas crenças”.
Barber relembrou que o caso de 2018, em que a empresa Blackpool Transport Services removeu anúncios de um evento evangelístico com o pastor Graham: “Os anúncios de ônibus para o evento evangelístico do Rev. Graham em Blackpool foram confirmados pelo tribunal como inofensivos e o juiz observou que a abordagem adotada pelo Blackpool Borough Council era ‘a antítese de como uma autoridade pública deve se comportar em uma sociedade democrática’”, recapitulou o porta-voz.
“Além disso, o juiz decidiu que os cristãos que mantêm visões bíblicas tradicionais, incluindo o reverendo Graham e os organizadores do evangelismo, não são extremistas e devem ser tratados com justiça. Nossa esperança e expectativa é que os funcionários públicos tomem nota deste caso e executem seus deveres públicos de forma razoável e imparcial e recebam pessoas de todas as crenças religiosas”, acrescentou.