Na biografia de Edir Macedo, “Nada a Perder”, lançado em agosto, o líder da Igreja Universal do Reino de Deus decide contar sua versão sobre sua prisão em 1992.
Macedo conta que sua detenção teve relação com o Vaticano. Boa parte da obra revela pesadas críticas à Igreja católica, segundo a Folha de S. Paulo.
Logo no início do livro, Macedo refere-se à sua prisão em 1992 sob a acusação de charlatanismo, curandeirismo e estelionato. Na terceira página faz referência aos católicos, que, segundo ele, são os responsáveis pela detenção.
“O Clero Romano mandava e desmandava no Brasil, mais do que nos dias de hoje (…) A Cúria não admitia o surgimento de um povo livre da escravidão religiosa imposta por eles”, diz o livro.
De acordo com a Folha de S. Paulo, ele conta ter visto um “homem de batina” fazendo anotações durante seu depoimento ao juiz que havia decretado a prisão.
O texto faz referências a casos de pedofilia na Igreja Católica. Ele conta também que quando se converteu destruiu as imagens de santos gritando “desgraçados”.
Sem citar nomes, ele ataca desafetos como Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus e até o cunhado R.R. Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus, que fundou a Universal juntamente com Macedo.
No caso de Santiago, a briga é antiga e tem relação com a fuga de fiéis para a igreja do ex-pastor da Universal.
Já R.R. Soares teve divergências sobre os rumos da igreja e foi destituído após votação interna. Ele é classificado por Macedo com um pregador vaidoso e que tentou convencer a mãe de Macedo a não ser fiadora na questão de um aluguel. O imóvel em questão era uma antiga funerária que veio a se tornar o primeiro templo da Universal.
O livro, escrito em coautoria com o jornalista da TV Record Douglas Tavolaro tem 288 páginas e faz parte de uma trilogia contada em primeira pessoa.
Por Jussara Teixeira para o Gospel+