Líder da Igreja Universal do Reino de Deus, o bispo Edir Macedo resolveu reagir às notícias de que grupos ligados ao “inferno” estariam se articulando em prol da derrota do atual presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), na disputa eleitoral contra o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Inácio Lula da Silva.
Edir Macedo usou as suas mídias para fazer uma convocação aos cristãos do país e membros da Universal. A sua ideia é fazer uma campanha de jejum e oração do dia 9 a 30 de outubro, em favor da vitória do chefe do Executivo.
“Estamos vendo aí pessoas da esquerda se unindo com o inferno, dando o próprio sangue para o diabo, para Lucífer, se unindo com força para que o candidato da esquerda prevaleça”, afirmou Macedo em seu comunicado.
O bispo da Universal fez referência ao vídeo de um suposto satanista, onde o mesmo aparece fazendo uma convocação aos praticantes da feitiçaria contra Jair Bolsonaro. Para Edir Macedo, trata-se de uma invocação a “Lúcifer”, tido como o próprio Satanás.
“Pois assim como há pessoas que estão invocando a Lúcifer, sacrificando para ele, nós vamos invocar o Deus que nós cremos. O que for mais forte vai vencer. Se você crê, então prepare-se para esse jejum de 12 horas”, disse Macedo.
Apoio evangélico
Disputando o segundo turno da eleição presidencial 2022, Bolsonaro tem recebido o apoio de importantes figuras do meio evangélico, algo que a sua campanha considera vital para a sua reeleição.
Assim como em 2018, Edir Macedo reiterou o seu apoio ao atual presidente, juntamente com outros nomes como Silas Malafaia, André Valadão e Marco Feliciano, esse último reeleito para o cargo de deputado federal por São Paulo.
Outros nomes, por outro lado, muito embora em número bem reduzido, declararam apoio ao candidato da esquerda. O pastor Ricardo Gondim, por exemplo, disse que as pautas morais defendidas por Lula não influenciam a decisão do seu voto.
“Não vou permitir que pautas moralistas do tipo ‘aborto, drogas e comunismo’ determinem minha identidade. Sou democrata e não tenho medo da maldição dos caudilhos denominacionais: voto Lula”, afirmou o pastor liberal na última quarta-feira (05), em sua rede social.