O senador Magno Malta (PR) denunciou o que chamou de conspiração para legalizar a maconha no país. As declarações foram feitas durante uma entrevista coletiva no dia 13 de outubro, após uma audiência pública no Senado para debater o assunto.
Magno Malta disse que estava formando a Frente Parlamentar Mista Contra a Legalização das Drogas, integrada por parlamentares de diversos partidos e confissões religiosas que são contra a descriminalização da maconha.
“Eu tenho 36 anos da minha vida enxugando lágrimas de mães de viciados e continuarei lutando contra este mal”, disse o senador Magno Malta.
Malta anunciou ainda que acionará a Polícia Federal para avaliar um vídeo a que ele teve acesso onde os favoráveis à legalização da droga traçam uma estratégia para conseguir seu objetivo. O plano seria usar a legalização do uso medicinal de derivados da maconha – ainda em discussão – para deixar implícito a liberação do uso “recreativo” da droga.
“Vou encaminhar denúncia ao procurador geral, ao ministro da Justiça. Vou encaminhar aos presidentes de assembleias legislativas, pra ver a ‘coisa inofensiva’ daqueles que aparecem nos debates com cara de pessoas que estão militando por alguma coisa só por interesse para seu uso pessoal e a sua ‘recreação’, em detrimento do que pensa uma nação, do que pensa a maioria. Esse vídeo precisa ser visto por todo mundo”, esbravejou Malta.
Para o senador é desnecessário aprovar uma lei para descriminalizar o uso medicinal da maconha: “Tem 15, 20 famílias com problemas [de saúde] e que acham que esse medicamento resolve. É fácil. Anvisa, Ministério da Saúde. Uma portaria do ministro já credencia as ‘15’ famílias [para adquirir o canabidiol]”, argumentou o senador.
Rossana Brasil, coordenadora de Políticas Contra as Drogas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Ceará, afirmou que o debate no Senado está favorecendo os que defendem a descriminalização da maconha: “Está tendencioso sim ao projeto de legalizar a maconha. E o que é que isso vai causar? Mais problemas para as crianças, para as famílias”, pontuou.
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