As possibilidades de o senador Magno Malta (PR-ES) sair candidato a vice-presidente na chapa do deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) estão esgotadas. O representante evangélico, amigo pessoal do pré-candidato, recusou o convite oficialmente.
“Sou candidato a senador”, afirmou Malta ao jornal O Estado de S. Paulo. A recusa de Malta pode ter sido motivada pela opção de sua esposa, a cantora Lauriete, em ocupar seu lugar na disputa pelo Senado. Ela será candidata a deputada federal, numa tentativa de voltar ao cargo que foi eleita pela primeira vez em 2010.
A decisão de Magno Malta representa o fim da possibilidade de aliança entre PSL e PR. Caso avançasse, essa coligação renderia a Bolsonaro cerca de 45 segundos de tempo de televisão durante a campanha. Agora, o pré-candidato deve ter pouco mais de 10 segundos.
“O parlamentar capixaba era visto como o vice ideal pelo grupo político de Bolsonaro por ter o perfil ligado à direita e a grupos conservadores que são a sustentação do deputado do PSL”, comentaram os jornalistas Igor Gadelha e Leonencio Nossa, do Estadão.
Caminhos opostos
Agora que o PR não se juntará ao PSL, é provável que o partido lance candidatura própria, com o empresário mineiro Josué Gomes, dono da Coteminas, na cabeça de chapa. Ele é filho do falecido empresário José Alencar, que foi vice-presidente nos mandatos de Lula (PT).
Os partidos de centro vêm articulando uma aliança em torno do nome de Josué Gomes, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), liderando as negociações. Além do PR e DEM, fariam parte do grupo PP, Solidariedade e PRB, que estuda inserir o nome de Flávio Rocha na disputa.
Enquanto isso, Bolsonaro se dedica a encontrar o vice de sua chapa. Ele fez um convite à advogada Janaína Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment que cassou o mandato de Dilma Rousseff (PT). No entanto, a jurista recusou a proposta.
Outro que é visto como um nome a compor a chapa é o general do Exército Augusto Heleno (PRP-DF), que comandou as tropas brasileiras no Haiti.