Considerado por muitos o maior ateu do mundo, Richard Dawkins chamou atenção dos seguidores e lideranças religiosas ao gravar um vídeo admitindo que se considera um “cristão cultural”, o que também provocou a reação do pastor Pedro Pamplona, que teceu algumas observações.
“Nós somos um país cristão e eu me considero um cristão cultural”, diz o professor britânico, autor da famosa obra The God Delusion (“Deus, um Delírio”), já rebatida pelo também professor Alister McGrath, em sua obra O Delírio de Dawkins, cujo título é um trocadilho da publicação do ateu.
A declaração recente do ateu mais famoso do planeta é uma referência ao valor do cristianismo sobre a formação da sociedade. Isto é, Dawkins admite que, apesar de não acreditar em Deus, entende a importância da fé cristã como modelo de conduta e pensamento para as civilizações, especialmente a ocidental.
“Se substituirmos o cristianismos por qualquer outra alternativa religiosa isso seria terrível”, diz o ateu, revelando ainda que ama os hinos cristãos e também as catedrais construídas ao longo dos séculos.
O erro de Dawkins
O pastor Pedro Pamplona analisou a declaração do famoso ateu, explicando que ela é positiva em certos aspectos, mas errada em sua essência. Isso, porque, o que o professor britânico valoriza enquanto cultura e ética cristãs, só existe graças à genuína fé em Jesus Cristo.
Para o líder evangélico, é ingenuidade do ateu “acreditar que cristãos culturais podem sustentar um cristianismo cultural”, já que é um erro “achar que a ética pode existir e se perpetuar sem a crença.”
Citando o autor Christopher Dawson, Pamplona diz que este “corretamente nos lembra que o cristianismo está na base da cultura ocidental e que numa sociedade secularizada essa base é destruída.”
“Sem a religião cristã ou o senso transcendente da religião [o que passaria a existir] é a religião política” centrada no “eu”, diz o pastor, e isto atuaria “como base da cultura. E então os valores que Dawkins ama ruirão.”
Em resumo, o mais famoso ateu do mundo jamais poderia dizer que é um “cristão cultural” se no mundo não houvessem cristãos genuínos, realmente comprometidos com a ética e os valores cristãos, não de forma artificial, mas pela certeza de que Deus, de fato, se revelou em Jesus Cristo.
“Sem crença não há força cultural capaz de criar raizes pessoais e sociais e avançar pelos séculos”, conclui o pastor. Assista:
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