A realização de culto durante a pandemia do novo coronavírus se tornou um desafio para muitas igrejas, uma vez que decretos de isolamento e restrição das atividades comerciais impediram a presença de pessoas nos templos, não apenas cristãos, mas de todos os segmentos religiosos.
Isso impôs uma nova lógica de adoração a Deus de forma congregacional, ou seja, em grupo. Entraram em cena os cultos online, transmitidos em sua absoluta maioria através das plataformas sociais, como o Facebook, Instagram e YouTube.
Essa mudança de perspectiva fez o instituto de pesquisa Barna levantar informações sobre o comportamento evangelístico dos cristãos durante a pandemia. A organização entrevistou 1302 pessoas adultas e fez alguns questionamentos, entre eles, se estaria havendo convites para os cultos virtuais ou presenciais.
A pesquisa apontou que 62% dos entrevistados disseram preferir convidar os não crentes para os cultos presenciais. Apenas igrejas que já tinham adotado o modelo de culto online, antes mesmo da pandemia, demonstraram uma taxa maior de convites para o formato virtual.
“Aqueles que frequentam uma igreja que combinou com sucesso o ministério digital com o presencial mesmo antes da crise da Covid-19 têm quase o dobro de probabilidade de dizer que preferem convidar alguém para a igreja online em vez dos cultos presenciais”, diz o relatório.
A pesquisa do instituto Barna sobre os cristãos também apontou que é maior o número de igrejas que estão se adaptando ao modelo de culto misto, ou seja, presencial e virtual. Os dados sugerem que essa tem sido uma forma eficaz de alcançar um maior número de pessoas.
“(48% vs. 29 % daqueles que não frequentaram uma igreja que envolveu bem os fiéis tanto digitalmente quanto fisicamente antes da pandemia). Mais familiaridade com ambientes digitais e híbridos parece acompanhar mais confiança em trazer outras pessoas para esse espaço”, diz o relatório.