A perseguição religiosa aos cristãos sempre foi uma realidade, porém, mais concentrada em regiões do mundo controladas por regimes autoritários, como o comunismo da Coreia do Norte, China e Cuba, por exemplo, além das teocracias islâmicas em países como o Paquistão e Irã.
Mas com o decorrer dos anos, o avanço da agenda progressista colocou o cristianismo no alvo de inúmeras críticas, uma vez que defende princípios conservadores inegociáveis, como a união matrimonial apenas entre homem e mulher, a família tradicional, sendo contra pautas como o aborto e a ideologia de gênero, entre outros.
Com isso, o cenário de perseguição aos cristãos não está mais concentrado em alguns poucos países, mas se expandiu na forma de uma agenda ideológica para o mundo inteiro, através do chamado “globalismo” ou, como já disse o autor brasileiro Milton Santos, o “globalitarismo”.
Em um discurso dito em dezembro passado, o pastor americano Andrew Brunson falou a esse respeito, alertando para o crescimento iminente da perseguição aos cristãos em países até então democráticos, como os Estados Unidos e Brasil, por exemplo.
“As pressões que estamos vendo em nosso país agora vão aumentar, e uma dessas pressões será a hostilidade contra as pessoas que abraçam o ensino de Jesus Cristo, que não têm vergonha de defendê-Lo”, disse Brunson durante o evento virtual “Oração Global pela Integridade na Eleição dos EUA”.
Como os EUA ainda estava em clima de eleição, o pastor citou a disputa entre Trump e Biden, mas frisou que independentemente do candidato vitorioso, a perseguição chegará com força daqui em diante, segundo o Christian Post.
“Independente de quem acabar vencendo essa eleição, acredito que a perseguição está chegando; e vai chegar rápido e em breve. Se o presidente Trump prevalecer, isso vai atrasar a perseguição em nível governamental, mas não vai nos livrar da hostilidade que está crescendo em nossa sociedade contra os seguidores de Jesus”, alertou Brunson.
Andrew Brunson foi missionário por 20 anos na Turquia, país onde chegou a ser preso e condenado por suposta conspiração contra o governo, antes de ser libertado após um período de intensas negociações com os Estados Unidos. O seu alerta, portanto, possui extrema propriedade.
“Jesus foi a pessoa mais amorosa e gentil da história, e mesmo assim foi chamado de mau; então as pessoas não vão simplesmente discordar de nós. Elas vão dizer que somos maus e justificar tudo o que nos fizerem [contra nós] porque somos ‘pessoas más’. O que pesa em meu coração é que precisamos preparar nosso próprio coração”, conclui o pastor.