O pastor e empresário Silas Malafaia, líder da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, publicou uma nota em nome do Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil, organização da qual é presidente, para repudiar um grupo de evangélicos de esquerda que pediram o impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
Isso porque, na última terça-feira, um grupo de líderes religiosos ligados ao movimento esquerdista foi até à Câmara dos Deputados para protocolar mais um pedido de impeachment contra o presidente. Para Malafaia, no entanto, se trata de uma parcela insignificante do segmento protestante brasileiro.
“Meia dúzia de esquerdopatas evangélicos, apoiadores de corruptos que produziram o maior esquema de corrupção da história política do Brasil, fazendo manifesto de impeachment de Bolsonaro. Não representam nem 0,5% dos evangélicos”, escreveu o pastor em suas redes sociais, segundo o UOL.
Quem também se manifestou contra os evangélicos de esquerda foi o Conselho Diretivo Nacional da Associação Nacional de Juristas Evangélicos – ANAJURE, maior entidade jurídica do segmento protestante da América Latina. O órgão informou que não foi consultado sobre a viabilidade jurídica de um possível impeachment do presidente, mas desde já negou a sua existência.
“Em que pese a referência geral a autoridades evangélicas, a ANAJURE comunica que não teve parte no pedido efetuado e, conforme orientações prestadas às organizações religiosas que consultaram a Associação, não vislumbra, no momento, razões que fundamentem juridicamente o pedido de impeachment”, diz a entidade.
A Convenção Batista do Brasil, maior e mais antiga entidade do país da denominação batista, também se manifestou, dizendo que não faz parte, enquanto representante batista, do pedido apresentado pelos evangélicos esquerdistas.
“A Convenção Batista Brasileira, que reúne 9.070 Igrejas e 4.660 Congregações, formando uma família de mais de dois milhões de membros e fiel aos seus princípios e à sua posição apolítica, vem a público informar que não se fez representar e não é signatária desse ou de qualquer outro manifesto”, publicou a entidade.
O mesmo ocorreu com a Igreja Presbiteriana do Brasil, que também publicou uma nota negando qualquer participação da denominação no pedido de impeachment do presidente da República.
“A Igreja Presbiteriana do Brasil vem a público informar que não deliberou sobre esta matéria, e nem se imiscui nos negócios civis do Estado (CFW, cap. XXXI, alínea IV)”, diz a nota, assinada pelo Rev. Roberto Brasileiro Silva, presidente do SC-IPB.
Esclarecimento à sociedade brasileira. pic.twitter.com/b4vqSKGdoj
— Silas Malafaia (@PastorMalafaia) January 27, 2021