O comentarista político Caio Coppolla afirmou que o maior temor do Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições presidenciais deste ano é o voto evangélico, já que esse público é fiel a valores e princípios que são odiados pela esquerda.
Em seu programa na Jovem Pan News, o Boletim Coppolla, o comentarista resgatou um relevante fato político ocorrido na última semana, em Brasília, que indica a falta de espaço para que o PT negocie apoio com as lideranças evangélicas.
“Essa semana, no Palácio da Alvorada, as principais lideranças do país deram uma demonstração inequívoca e sem precedentes de apoio ao mandato e à reeleição do presidente Bolsonaro”, introduziu.
Caio Coppolla enfatizou a dimensão do encontro, criticando a postura de jornalistas: “Organizadores do evento divulgaram a presença de 180 religiosos e 105 deputados e senadores da frente parlamentar, fazendo desse o maior encontro da alta liderança evangélica com o presidente da República na história. Um fato que, de tão relevante, foi praticamente ignorado pela imprensa militante”.
“O ato foi considerado uma resposta à tentativa desesperada, midiática, de sinalizar para o mundo evangélico que Lula e a esquerda contam com apoio de líderes protestantes, pentecostais e neopentecostais. Mas a julgar pelo evento dessa semana, sobraram muito poucos para dar palanque, ou para dar púlpito para o Lula”, constatou o comentarista.
Voto evangélico
A análise dos recentes passos do PT e seus filiados indica, na visão de Caio Coppolla, que o PT já concluiu que as eleições de 2022 podem ter o mesmo resultado registrado há quatro anos: o voto evangélico sendo decisivo.
“Esse é o maior medo dos petistas em 2022. Segundo a última pesquisa do PoderData […] se dependesse apenas do voto evangélico, Bolsonaro estaria eleito no primeiro turno. O levantamento aponta que, além de liderar a corrida presidencial entre os evangélicos, Bolsonaro vem ampliando a sua distância em relação a Lula. Foram 10 pontos em apenas um mês”, comentou.
As pesquisas começam a registrar um cenário realista, avaliou Coppolla: “Os números fazem todo sentido. A esquerda brasileira defende bandeiras diametralmente opostas aos valores dos evangélicos, como a legalização do aborto e das drogas, a despenalização de crimes, a educação baseada em ideologia de gênero”.
Nesse sentido, não é surpresa que os evangélicos optem por reeleger o atual presidente, ao invés de oferecer quatro anos no poder ao partido marcado por casos de corrupção e a um ex-mandatário que foi condenado pelos mesmos escândalos, mas teve os processos anulados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e endossa bandeiras que vão contra princípios e valores cristãos.
“É natural que, com a proximidade das eleições, os fiéis vão se conscientizando sobre essas diferenças fundamentais entre a sua visão de mundo e a visão de mundo daqueles que só querem seu voto”, encerrou Caio Coppolla.