As declarações do ex-presidente Lula (PT) de que, no Brasil, “não existe ninguém mais honesto” que ele, “nem na igreja evangélica”, repercutiu negativamente entre lideranças de denominações pentecostais.
Nas redes sociais, pastores como Marco Feliciano (PSC-SP), Silas Malafaia e Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) reagiram à fala do ex-presidente.
“Uma afronta a todos nós!”, resumiu Feliciano, pastor da Assembleia de Deus Catedral do Avivamento e deputado federal, em uma publicação no Twitter.
O pastor Silas Malafaia também usou as redes sociais para comentar a fala de Lula: “Piada! Lula roubou o discurso de [Paulo] Maluf. ‘Não existe gente mais honesta que eu’. Vai ser cínico lá no raio que o parta, um palhaço mentiroso”, esbravejou.
PIADA! Lula roubou o discurso de Maluf,não existe gente mais honesta que eu.Vai ser cínico lá no raio que parta, um palhaço mentiroso.
— Silas Malafaia (@PastorMalafaia) 22 janeiro 2016
O líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) voltou ao tema um dia depois, ainda indignado: “Lula diz que não tem ninguém mais honesto que ele, até o diabo ficou revoltado com ele kkkkkkkk muito kkkk otário falastrão cínico kkkkk”, escreveu.
Sóstenes Cavalcante, que exerce mandato de deputado federal, também reagiu à fala do ex-presidente: “Os tempos mudaram. As pessoas não são mais desinformadas. Sabem que essa é uma estratégia sua para se descolar do PT, que é um partido de ladrões. Ladrões condenados pelo STF”, afirmou, em uma publicação nas redes sociais.
Lula lá
Cassio Conserino, promotor de Justiça de São Paulo, acredita que as investigações contra o ex-presidente Lula no caso de um apartamento tríplex que a construtora OAS reservou para ele já possuem indícios suficientes para denunciá-lo por lavagem de dinheiro.
De acordo com informações da revista Veja, o promotor avalia que as apurações do caso já conquistaram embasamento legal para o início de um processo contra Lula, pois as provas de que a construtora procurou favorecer o ex-presidente são fortes.
No entanto, o líder petista ainda terá oportunidade de se defender na continuidade das apurações para tentar evitar a abertura de um processo.