O pastor e empresário Silas Malafaia publicou uma nota, instantes atrás, para negar que a Associação Vitória em Cristo, entidade ligada à igreja da qual é o presidente, irá custear a manifestação marcada para o próximo dia 25, na Avenida Paulista, em São Paulo, com a presença do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
“Até agora nada foi pago do evento”, diz a nota. “Nem a Assembleia de Deus Vitória em Cristo ou a Associação Vitória em Cristo vão pagar coisa nenhuma”, acrescenta o documento, reforçando que não será pago “um centavo” com recursos dessas entidades.
“A responsabilidade é minha e pessoal. Com o maior prazer farei isso em favor do Brasil”, conclui a nota.
Recuo ou engano?
A nota publicada por Silas Malafaia, na realidade, contraria uma declaração feita pelo próprio pastor durante uma coletiva realizada na quinta-feira 15. Na ocasião, ao lado de Fabio Wajngarten, advogado e assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, o líder religioso declarou o seguinte:
“A entidade [por] que somos responsáveis, no nosso estatuto, prevê que ela pode fazer manifestações públicas. Então, os recursos são exclusivos da Associação Vitória em Cristo. Não tem recursos de políticos, não tem recurso de caixa dois, de onde quer que seja. Estamos amparados legalmente para fazer esse tipo de manifestação.”
Ao que parece, portanto, o líder evangélico voltou atrás na sua fala ou havia se enganado, confundindo a sua relação ministerial com o ato político. O fato é que a negativa, agora, de envolvimento financeiro da Associação Vitória em Cristo com a manifestação do dia 25, surge após o religioso ter sido criticado por causa disso.
Críticos de Malafaia como o “pastor da Xuxa” Hermes Fernandez, insinuaram que o assembleiano iria utilizar recursos advindos de dízimos e ofertas para um evento de natureza política. “O quanto isso macula a imagem já prejudicada da igreja evangélica no país?”, questionou.
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— Silas Malafaia (@PastorMalafaia) February 16, 2024