O deputado federal Nikolas Ferreira reagiu à notícia de que a Polícia Federal poderá iniciar uma investigação contra o pastor Silas Malafaia, após o religioso fazer um forte discurso de pelo menos 20 minutos na Avenida Paulista, no último domingo 25, em apoio ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
A possibilidade de investigação contra o líder religioso foi publicada pela CNN Brasil. Segundo a emissora, agentes da PF estariam avaliando chamar Malafaia, que organizou e financiou a manifestação, para prestar alguns esclarecimentos.
Por meio das redes sociais, Nikolas disse que uma eventual investigação contra o pastor será como uma “confissão pública” de perseguição político-ideológica contra lideranças da direita política nacional.
“A PF vai se prestar a serem fiscais da livre manifestação de opinião? É uma confissão pública de perseguição e supressão da liberdade? Que vergonhoso papel de uma instituição que tem grande prestígio da sociedade. Mas que poderá ser reduzido a nada se continuar dessa forma”, reagiu o deputado.
‘Tenho nota de tudo’
Ao comentar a possibilidade de ser investigado, Silas Malafaia tratou de se adiantar, afirmando que o financiamento da manifestação na Paulista não partiu de verbas oriundas da igreja que lidera, mas sim de recursos próprios.
“Quanto é que foi gasto na manifestação do dia 25? Gente, começou a perseguição contra mim? Mais do que nunca, o que eu falei lá é a verdade. O Estado Democrático de Direito está em perigo”, diz o pastor.
“Que vergonha! (…) Escolheram o cara errado. (…) Eu tenho nota de tudo. (…) Eu posso pagar outras manifestações (….) Nesse país, falar a verdade agora é ato terrível, é atacar porque eles estão acostumados com a mentira”, completou Malafaia.
Ainda segundo o religioso, o financiamento da manifestação na Paulista foi oriundo do seu salário como proprietário de uma editora, assim como da sua função pastoral na Assembleia de Deus Vitória em Cristo.