A imposição por parte do Ministério Público a um pastor, que endossou um boicote a empresas que promovem bandeiras LGBT, a se retratar, tornou-se alvo de uma convocação a pastores de todo o Brasil por parte do líder da ADVEC, pastor Silas Malafaia.
Malafaia publicou um vídeo em que se refere ao caso do pastor Carlos César Januário, da Primeira Igreja Batista de Ipiaú (BA), obrigado a se retratar lendo um texto redigido em parceria com o Ministério Público estadual por ter usado o termo “homossexualismo” ao invés de homossexualidade.
“A perseguição religiosa a evangélicos começou. Uma promotora do Ministério Público da Bahia chama um pastor, e o pastor – com medo, lógico – aceita um acordo para durante 30 dias, no culto, pedir desculpas do que ele fala no culto”, introduziu Silas Malafaia.
“O que ele falou? Ele diz para os fiéis não comprarem produto de duas empresas que deram apoio à causa gay no Dia do Orgulho Gay, e também ele usou a palavra ‘homossexualismo’, que segundo a promotora, é uma palavra ofensiva que denota doença”, acrescentou.
Em seguida, o pastor-presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) recapitulou os princípios basilares da liberdade religiosa no ordenamento jurídico brasileiro: “Isso é o absurdo dos absurdos, da cretinice. Vamos à Constituição? O artigo 5° é cláusula pétrea, ninguém pode mudar. Inciso VI: ‘Inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias”.
“Lugar do culto é inviolável. Inciso VIII: ‘Ninguém será privado de direito por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política’. É um absurdo o Ministério Público querer determinar o que se fala num culto”, disse Malafaia.
Convocação
Malafaia, que é um dos mais ferrenhos adversários da militância LGBT no país, mais uma vez incentivou colegas de ministério a se posicionarem de maneira proativa na defesa da cara liberdade religiosa:
“Quero conclamar todos os pastores do Brasil, neste domingo, a darem uma palavra na sua igreja, de manhã ou de noite, mostrando os pecados da área sexual, adultério, prostituição e homossexualismo. Eu vou falar! Convoco vocês, meus colegas, a falarem num dos cultos. Nós não podemos aceitar isso, gente!”.
Ao final, o pastor prometeu que não se intimidará diante do cenário de perseguição e defenderá a compreensão bíblica sobre o tema: “Se nos calarmos agora, amanhã esses caras vão querer prender pastores pelo que falam na igreja. Eles rasgam a Constituição. Isso é uma afronta à Constituição, aos direitos individuais. Domingo eu vou falar, e o dia que eu botar o pé na Bahia para pregar, eu vou falar. Eu desafio essa cretinice e essa bandidagem e essa safadeza”.