O pastor Silas Malafaia prometeu fiscalizar o comportamento dos deputados federais da bancada evangélica na questão da CPMF, e afirmou que irá fazer campanha contra quem for favorável ao retorno do imposto “provisório”.
A declaração, feita em vídeo, é uma repercussão a mais da manobra liderada pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, que agendou um encontro de lideranças evangélicas com a presidente Dilma.
Na ocasião, a mandatária prometeu isenção da CPMF às igrejas, e em troca, pedia que os pastores pressionassem os parlamentares eleitos com votos dos fiéis para que fossem favoráveis ao retorno do imposto.
Quando o teor do encontro chegou à imprensa, Malafaia fez críticas à proposta feita por Dilma, e disse que apesar de ser contra o imposto, se ele for aprovado, os evangélicos não devem ser “privilegiados”.
Agora, o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) foi além e afirmou que irá agir de forma incisiva contra mais essa manobra do governo petista: “O deputado evangélico que apoiar essa porcaria eu vou dizer o nome no meu programa e vou pedir para que os evangélicos não votem mais neles”, esbravejou o pastor.
“Eu sou contra beneficiar as religiões […] Chega! O que passar disso [imunidade tributária garantida às religiões pela Constituição Federal] é palhaçada!”, acrescentou Malafaia.
De acordo com informações da coluna Radar Online, a postura do pastor é baseada no raciocínio de que o imposto é um absurdo e não deve ser aprovado, mas que em caso de aprovação, essa “isenção” para as igrejas poderiam fazer a opinião pública se revoltar ainda mais: “Essa medida pode jogar a opinião pública contra os evangélicos. Sou contra a CPMF, mas, se ela for aprovada, não queremos privilégios”, pontuou Malafaia.
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