Em plena época de intensa perseguição aos cristãos por extremistas muçulmanos, uma bispa da Igreja Luterana na Suécia sugeriu que todas as cruzes dos templos no país sejam removidas para evitar ofensas aos seguidores de Maomé.
A ideia da bispa de Estocolmo, Eva Brunne, de “não ofender os muçulmanos”, foi justificada pela própria como uma forma de se mostrar “menos mesquinha diante das pessoas de outras religiões”.
A bispa diz que a capital da Suécia recebe, diariamente, turistas e imigrantes seguidores do islamismo, e que na cidade não há nenhum gesto de boas-vindas a eles. No artigo publicado em seu blog pessoal, Eva Brunne diz que se os símbolos cristãos forem removidos dos templos e no lugar, forem colocados indicativos da direção de Meca, os muçulmanos poderiam fazer suas preces por lá mesmo.
Um dos argumentos de Brunne para sustentar a ideia – que pode ser encarada como absurda – é que nos aeroportos existem salas ecumênicas, onde os viajantes podem fazer suas orações.
No entanto, de acordo com informações do WND, a sugestão da bispa – que é lésbica assumida e vive com outra sacerdotisa – foi considerada “teologicamente impensada” por um colega de ministério, o bispo Patrik Petterson.
Já o pastor responsável pelo templo que fica ao lado do porto de Estocolmo, Kiki Wetterberg, afirmou que as portas do local se mantém abertas a todos, mas que a identidade cristã deve ser preservada: “Não tenho nenhum problema com os marinheiros muçulmanos ou hindus que desejam vir aqui e fazer suas orações. Mas acredito que somos uma igreja cristã, por isso, devemos manter os símbolos”, afirmou.
A Suécia é um país que vem sofrendo uma forte influência do secularismo europeu, e como forma de responder a essa mudança cultural, muitos líderes cristãos adotaram um discurso multiculturalista, que na prática equaliza a fé em algo homogêneo, ignorando as diferenças existentes entre as religiões.