O programa Custe o Que Custar (CQC), exibido pela Band, realizou na última segunda-feira, 05 de outubro, uma enquete com seus telespectadores sobre o Estatuto da Família, e o resultado deixou o trio de apresentadores do programa contrariados.
Ao exibir uma matéria com teor de oposição ao Estatuto da Família, o CQC abriu uma enquete perguntando “que tipos de casais devem ser contemplados no Estatuto da Família”, com a possibilidade de responder nas opções “todos os tipos” e “somente os heterossexuais”.
Ao final do programa, o resultado da enquete mostrou que a ampla maioria dos telespectadores do programa, mesmo após a exibição da matéria com críticas ao projeto, é favorável à ideia de que a família é composta por homem e mulher, como conceitua a Constituição Brasileira.
82% dos telespectadores responderam que “somente os heterossexuais” devem ser contemplados no Estatuto da Família, contra 18%, que entendem que “todos os tipos” de casais merecem ser considerados como núcleo familiar.
Em entrevista ao Gospel+, a psicóloga Marisa Lobo comentou o episódio: “A enquete do CQC só mostrou a realidade, o que pensa a população. Esta amostra reflete o pensamento que temos em relação ao tema em todo Brasil. Não adiantou a matéria sensacionalista. A imposição tem sido tão grande pelas novelas e meios de comunicação que está tendo efeito contrário do desejado pela militância televisiva LGBT… Só eles acreditam no que dizem. O povo aceita sim as pessoas como são, mas quando há o exagero nas imposições, ele mostra que não é manipulável. A mídia, bem como o Parlamento, deve prestar atenção nessa máxima. É por isso que as novelas da Globo perderam audiência. Querem forçar uma aceitação. Respeito se conquista, ou não é respeito, é enganação”, disse.
Confira:
Polêmicas
O Estatuto da Família tem causado grandes polêmicas na sociedade brasileira. O pastor Silas Malafaia já havia criticado a imprensa por se mostrar tendenciosa na abordagem do tema, dizendo que a mídia, “de maneira quase que absoluta, negou a verdade dos fatos” no que se refere ao projeto que vem tramitando no Congresso.
“Eu creio que a imprensa está aí para dar notícia, como ela é. A imprensa não está aí para defender esse ou aquele. Mas, eu lamento que a imprensa brasileira, na sua grande maioria, defende sim o ativismo gay e as causas gay”, acusou.
Já a ex-senadora Marina Silva (Rede) passou a estar na mira dos evangélicos, depois que seu partido publicou uma nota afirmando que o Estatuto da Família representa “um retrocesso”.
Para o partido Rede Sustentabilidade, “a definição de família como sendo unicamente a união entre homem e mulher […] é não apenas um retrocesso, mas também um claro desafio à Constituição e ao Supremo Tribunal Federal”.