A cidadania e as obrigações do cristão com a sociedade foram tema de um comentário do pastor Silas Malafaia no último sábado, 12 de setembro, no programa Vitória em Cristo. O líder evangélico aproveitou para se queixar do que classifica como “perseguição” por parte do governo, comandado pelo PT, contra ele.
Na introdução, Malafaia explicou porque se posiciona sobre questões políticas e cobra do povo evangélico a mesma postura: “Jesus não anulou a cidadania terrena”.
Citando Paulo, o pastor falou que é obrigação do cristão se atentar à vida à sua volta, participando das decisões da sociedade: “A quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; e a quem honra, honra”, e acrescentou: “Cidadania inclui deveres e direitos”.
“Fico bobo com a falta de conhecimento do povo de Deus, com a mediocridade até de pastores. Lamento ter que dizer isso, mas o Evangelho é transparente. Como somos alienados e medíocres, como se não tivéssemos nada a ver com o Brasil!”, desabafou.
Sobre a situação de crise política e econômica que o país atravessa, Malafaia destacou que sua postura crítica não é a de quem torce para que as coisas deem errado, e sim, porque entende que as decisões que vêm sendo tomadas são erradas: “Eu não desejo que o Brasil fracasse, ou entre no caos, porque eu sou contra o governo. Isso é, contra a ideologia do governo. Contra o partido do governo. Não é porque eu sou contra que eu quero ver o caos na minha nação. Não! A Bíblia manda a gente orar pelas autoridades”.
Perseguição
Falando brevemente sobre o preconceito que há quanto à opinião dos líderes evangélicos, Malafaia sugeriu que nada o impedirá de seguir fazendo o que faz: “Tenho direito como qualquer brasileiro. Médico, pode falar; anarquista, pode falar; maconheiro pode falar! Interessante, não é? Esquerdista, pode falar; comunista, pode falar; engenheiro, pode falar… Quando o pastor vai falar, ‘é religião’. Tá pensando que eu sou otário? Ninguém vai me calar, só quem me cala é Deus. Eu sou cidadão”, pontuou.
Silas Malafaia voltou a falar sobre a devassa que a Receita Federal e outros órgãos do governo vêm fazendo nas contas de suas empresas e da Associação Vitória em Cristo (AVEC), e disse que poderia adotar uma postura anticristã e não interceder a Deus pelo bem do governo.
“Eu tinha tudo para nem orar por esse governo [do PT]. Esses caras me perseguem, vocês não têm ideia. Eu ainda não abri a minha boca por duas coisas: a primeira, eu tenho o Espírito Santo para me orientar; e segundo, eu tenho um advogado de uma grande banca de advogados. Eu aprendi que aquilo que eu não sei, eu tenho que buscar quem sabe. Eu sou assessorado por uma grande banca de advogados, da prateleira de cima. Não está na hora d’eu falar”, explicou.
“Vocês não têm ideia de como esses caras me perseguem. Eu estou esperando a coisa… Tudo vai ter o tempo. Vocês não têm ideia, [de] como eles usam as instâncias do Estado para perseguir aqueles que são contra eles. […] Há dois anos, de maneira implacável, esses caras têm me perseguido. […] Estou só juntando prova”, disse, classificando o suposto uso da máquina pública para fins de perseguição política como “covardia”.
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