A batalha judicial em torno da possibilidade de um homossexual insatisfeito com sua orientação sexual ter acesso ao atendimento psicológico ganhou um novo capítulo recentemente, com a decisão da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), em suspender decisão da Justiça Federal que garantia esse tipo de tratamento. O pastor Silas Malafaia afirmou que as distorções propagadas pela grande mídia e militância LGBT levaram a ministra a cometer um erro.
“Quero fazer uma denúncia com provas. A safadeza dessa história de ‘cura gay’ que a ministra Cármen Lúcia caiu, engoliu. Quem é que inventou essa safadeza? Parte do Conselho Federal de Psicologia que está lotado de esquerdopatas, ativistas gays, e parte de uma imprensa sectária. Nunca ninguém propôs ‘cura gay’”, disse Malafaia. “Eu sou psicólogo. [A palavra ‘cura’] eu não encontro na psicologia”, reiterou.
Segundo o pastor, “nenhuma sociedade de psicologia do mundo […] tem uma resolução tão imbecil, tão esdrúxula, anti-ciências como a do Conselho Federal de Psicologia”. Em seguida, Malafaia aborda uma questão que envolve ética: “Nas ciências humanas, quem decide é o paciente. Não é o doutor, é o paciente, quando se busca ajuda”.
“Olha a aberração: um camarada vai no psicólogo e diz assim ‘eu sou hétero, mas estou confuso se sou hétero, tenho desejos de práticas homossexuais’, o psicólogo pode atender. Agora, se um homossexual chegar num consultório de um psicólogo e dizer ‘olha, eu estou em dúvida, não quero ser homossexual, me ajuda’, não pode atender”, ilustrou o pastor.
“Gente, isso é a coisa mais absurda. Primeiro, homossexualismo é comportamento e não condição. Desafio a qualquer um me provar que um cara nasce homossexual. É um comportamento como tantos outros que o ser humano tem”, acrescentou.
Leviandade
O mestre em saúde pública Claudemiro Ferreira, autor do livro Homossexualidade Masculina: Escolha ou Destino?, foi ouvido pelo programa 90 Minutos, da rádio Bandeirantes, a respeito da decisão tomada pela ministra Cármen Lúcia que suspende o acesso de homossexuais egodistônicos ao tratamento psicológico se assim ele desejar.
Para Ferreira, a decisão é “temerária” porque pode causar o agravamento de um sofrimento psíquico. “80% dos homossexuais sofreram abuso sexual na infância e é esse tormento que precisa ser tratado. Agora, como é que eu vou dizer a um adulto que foi abusado na infância pelo pai, pela mãe… e hoje tem uma confusão sexual, que ele ‘tem que se aceitar’ e que o desejo que ele tem de se livrar desse tormento é uma imposição da sociedade? Sinceramente, isso beira o nazismo”, declarou.
“Eu tenho que individualizar o caso. A ciência médica é individualizada, cada paciente é um paciente, é uma história, é um mundo”, acrescentou o especialista, que também criticou a resolução do CFP: “Isso é feito de maneira leviana. A resolução 01/99 é leviana, as decisões que proíbem o tratamento são levianas, muitas vezes o posicionamento da mídia [é leviano]”, enfatizou. Assista no vídeo abaixo a partir de 37:45: