Uma igreja pentecostal em Campo Grande (MS) descumpriu as determinações da prefeitura para o toque de recolher e uso de máscaras, e seu pastor foi indiciado por desacato, infração de medida sanitária e desobediência.
O pastor, de 50 anos, não teve seu nome revelado. Ele se negou a obedecer as determinações da prefeitura depois que a Guarda Civil Metropolitana e os fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (SEMADUR) foram ao templo acompanhados de um promotor.
De acordo com informações do portal Campo Grande News, a igreja fica localizada na Rua Marajoara, no Jardim Centro Oeste, um bairro residencial de Campo Grande. A igreja, chamada Pai, Filho e Espírito Santo, não estaria cumprindo as medidas de prevenção à pandemia do novo coronavírus, como o uso de máscaras.
Quando os guardas reiteraram as informações e pediram o encerramento do culto, para que os fiéis fossem para suas casas, o pastor recusou atender a determinação, dizendo que a equipe era formada por “corruptos, ladrões, assaltantes e só queriam receber dinheiro”.
“O covid não existe, quem manda aqui é Deus, e não promotor, prefeito e governador”, disse o pastor, que foi notificado, mas se recusou a assinar o auto de infração e rasgou a via que os guardas o deram, mesmo depois que viaturas de reforço foram acionadas.
Agora, o pastor vai responder por desacato, infração de medida sanitária preventiva e desobediência, já que a capital sul-mato-grossense está sob o decreto 14.380, que proíbe circulação de pessoas e funcionamento de diversos comércios das 20h até às 5h do dia seguinte.
Chamada de “Operação Toque de Recolher”, as autoridades fiscalizam o cumprimento da medida com integrantes do Ministério Público Estadual (MPE), Agência Municipal de Trânsito (AGETRAN), Vigilância Sanitária, Polícia Militar e Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (SEMADUR).