O pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) concedeu entrevista ao programa Jogo do Poder, da CNT, na última quinta-feira, 08/11, e falou sobre seu trabalho como político e as polêmicas propostas de lei que combateu nesse período.
Na entrevista, o apresentador José Marcelo Santos questionou Feliciano sobre a atuação da bancada evangélica no Congresso, e sobre os princípios adotados pelos políticos evangélicos. O pastor explicou que as posturas defendidas não pretendem atrasar o crescimento do país, mas sim, preservar características.
-Infelizmente, o progresso se constrói de uma forma que as pessoas talvez não compreendam. Pessoas pensam que nós queremos travar o progresso do país, e não é isso. Existem bases que não devem ser tocadas. De que adianta nosso país ser a sexta maior economia do mundo, ter 20% da água potável do mundo, fazer parte da ONU e ser um país em progressão, e de repente, a família, que é a base do nosso país, está simplesmente sendo desconstruída – contextualizou.
Sobre o aborto, Feliciano disse que “é uma vergonha” que os defensores do aborto argumentem favoravelmente à liberação do procedimento alegando que trata-se de uma questão de saúde pública: “Toda vez que você ouvir um candidato falar que aborto é uma questão de saúde pública, vomite. Aborto é uma questão de consciência. Eu sinto muito pela menina ter sido estuprada, violentada… Isso é uma questão social, problema de segurança, ensino, princípios”. O apresentador questionou ao deputado se a proposta da descriminalização do aborto seria uma tentativa de solucionar o problema pelo caminho inverso: “É claro!”, respondeu Feliciano.
A respeito das drogas e da mudança do Código Penal brasileiro, Marco Feliciano afirmou que apesar de as propostas terem sido elaboradas por profissionais renomados, existem falhas: “Os juristas que foram convidados para compor o novo Código Penal são chamados de extraordinários. De fato, o nosso Código precisa de uma renovação, só que algumas coisas colocadas nos assustam. Um deles é essa questão da descriminalização do usuário. Imagine você que se o usuário for pego com uma quantidade de entorpecente que ele use durante a semana, ele não pode mais ser criminalizado. Cinco dias de consumo, como é que se mensura isso? Qual é a quantidade de maconha que uma pessoa fuma por dia? Quantas pedras de crack? Quantas gramas de cocaína? Imagina se o menino fuma dez pedras por dia, cinco dias, cinquenta pedras. Isso é tráfico. Com cinquenta pedras você movimenta uma fortuna. Nós estaríamos simplesmente legitimando o tráfico”, criticou o deputado federal.
Confira nos vídeos abaixo a íntegra da participação do pastor e deputado federal Marco Feliciano no programa Jogo do Poder:
Bloco 1
Bloco 2
Bloco 3
Por Tiago Chagas, para o Gospel+