A mais recente pesquisa do Ibope sobre a disputa dos candidatos pelo voto dos brasileiros mostrou que a evangélica Marina Silva (Rede) está perdendo votos nesse segmento da sociedade, enquanto o católico Jair Bolsonaro (PSL), cresce e amplia sua liderança.
O relatório divulgado pelo Ibope na última terça-feira, 11 de setembro, mostrou que dentre os entrevistados que se declararam evangélicos, Marina Silva caiu de 15% para 10%, enquanto Bolsonaro aumentou sua vantagem sobre os demais: saltou de 29% para 33%.
A diferença de desempenho nas pesquisas encontra explicação na postura dos dois candidatos: Marina Silva titubeia em questões como aborto e drogas, e sua posição oficial sobre os temas nesta campanha é a realização de um plebiscito para definir se aborto e drogas devem ser legalizados no país; Bolsonaro, conservador, posiciona-se contrário à mudança nas leis atuais nos dos assuntos.
De acordo com informações do Uol, os demais candidatos com maior relevância no voto do público evangélico são Geraldo Alckmin (PSDB), que cresceu de 9% para 10%; Ciro Gomes (PDT), que caiu de 9% para 7%; e Fernando Haddad (PT), que substituiu Lula na corrida e cresceu de 3% para 6% entre os eleitores dessa tradição cristã.
Ao todo, o Ibope ouviu 2.002 eleitores entre os dias 8 e 10 de setembro. A pesquisa, registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-05221/2018, mostrou também que Marina Silva teve queda na intenção de voto também entre o público feminino, em comparação com o levantamento realizado no dia 05 de setembro.
Líder também nesse recorte da pesquisa, Bolsonaro tem 18% das intenções de voto no eleitorado feminino. Na anterior, tinha 16%, o que era considerado um empate técnico com Marina, que tinha 14%, mas caiu para 10%, e agora está numericamente atrás de Geraldo Alckmin, que subiu de 9% para 11%; e empatada com Ciro Gomes, que também caiu de 12% para 10%. Haddad subiu de 5% para 8% entre as mulheres.