O fato de Marina Silva ser evangélica tem sido usado por alguns veículos da imprensa para prejudicar a fundação do partido Rede Sustentabilidade. Esse é o diagnóstico de alguns dos colaboradores que ajudam no projeto da ex-senadora para a criação de um partido que possibilite sua candidatura ao Palácio do Planalto em 2014.
“Notícias foram claramente manipuladas para associar a religião a uma coisa negativa”, diz Rafael Poço, um dos “mobilizadores” da Rede. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Poço diz que devido às publicações de alguns veículos da mídia, alguns eleitores que são simpáticos ao projeto de Marina manifestam dúvidas sobre sua postura devido a sua religião.
Esses eleitores estariam sendo influenciados por “tentativa de associar conservadorismo à religião” na opinião do colaborador, e essas publicações tem prejudicado a Rede.
Durante um evento em São Paulo, Marina frisou que a Rede Sustentabilidade não quer “trabalhar a partir de rótulos” e disse que não aceita a “instrumentalização dessa ou daquela questão para fazer política por caminhos enviesados”.
Para a ex-senadora, se houver necessidade de esclarecer ainda mais sua posição a respeito do Estado laico, não há motivos para se recusar: “Se há um desejo em fazer um debate sobre a necessidade de deixar claro que o Estado é o Estado laico, não há problema […] Um dos segmentos da sociedade que mais contribuiu para que tivéssemos o Estado laico foi o movimento protestante. Minha convicção me diz que o melhor para todos, quem crê e quem não crê, é o Estado laico”, pontua.
Os partidários de Marina Silva se queixam da tentativa de associá-la ao pastor Marco Feliciano (PSC-SP). Em maio, Marina afirmou que não concorda com as críticas a Feliciano “por ser evangélico”, mas disse que defendia as críticas ao pastor “por suas posições políticas equivocadas”.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+