Durante uma palestra realizada na Unicap, em Recife, a ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva criticou a eleição do pastor Marco Feliciano para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados.
Marina disse que “não interessa se ele é evangélico”, afinal sua postura se refere à capacitação de Feliciano para o cargo: “Eu não gosto quando a questão fica religiosa, ela é uma discussão de cultura de direitos humanos, coisa que o deputado não tem”, pontuou.
Para Marina, que é evangélica, o critério que deveria ser usado para a escolha do presidente da CDHM é o envolvimento com as questões abordadas pela comissão: “O pastor Feliciano jamais poderia assumir a Comissão de Direitos Humanos. Ele é despreparado e não tem os princípios básicos que essa comissão precisa. Ele não tem condições mesmo”, afirmou, segundo informações do G1.
Entretanto, de acordo com o jornal Diário de Pernambuco, Marina Silva ponderou que embora a religião não tenha influência na questão, Feliciano tem sido “mais hostilizado por ser evangélico que por suas declarações equivocadas”.
A pré-candidata à presidência da República em 2014 também criticou a forma como os ativistas sociais vem conduzindo a questão: “Não gosto como este debate vem sendo conduzido (legalização do aborto e casamento gay). Hoje, se tenta eliminar o preconceito contra gays substituindo por um preconceito contra religiosos”, observou.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+