A crise envolvendo o pastor Mark Driscoll e a Mars Hill Church se agravou ainda mais e causou uma divisão no ministério. Agora, as 13 filiais da megaigreja passarão a ser independentes entre si e não mais responderão à direção da sede em Seattle, Washington (EUA).
O anúncio de que a Mars Hill irá abandonar o modelo de igreja centralizada aconteceu na última sexta-feira, 31 de outubro. O comunicado deixou em aberto o futuro das 13 congregações, delegando aos líderes locais a responsabilidade de decidir o que acontecerá daqui para a frente.
O pastor Dave Bruskas assinou o comunicado no site da denominação e acrescentou que, dentre as alternativas que as filiais possuem estão a possibilidade de seguir em frente, fundir-se a outras igrejas ou então, fechar as portas.
“Historicamente, a nossa missão tem sido sempre clara: fazer discípulos e plantar igrejas. De acordo com essa missão você sempre foi incentivado a uma nova vida e um novo nascimento. Hoje, eu estou animado para compartilhar com vocês as decisões importantes feitas recentemente sobre o futuro das congregações da Igreja Mars Hill que acreditamos que vai ajudar a alcançar esses objetivos”, afirmou Bruskas.
Até agora, duas filiais fecharam as portas em consequência da crise financeira que tomou a denominação após as denúncias de desvio de recursos que teria sido feito por Mark Driscoll, fundador e então presidente da Mars Hill.
A demissão de Driscoll expôs a grave crise que o ministério atravessa e chamou a atenção para a grande redução no número de frequentadores dos cultos.
“Estou realmente triste é chegar a isso”, disse Lief Moi, um dos cofundadores da igreja em 1996, que participou do crescimento da Mars Hill de “um par de dúzias de pessoas a vários milhares dentro de alguns anos”, segundo informações do canal King 5.
Para Moi, Driscoll era o rosto que emprestava identidade à igreja: “Mark era apenas um orador habilidoso e mais pessoas vinham para ouvi-lo”, comentou Moi, que se disse preocupado que a demissão do pastor tenha causado o efeito oposto nos membros.
Para evitar a falência, a Mars Hill irá vender todas as propriedades para pagar empréstimos, ou as filiais deverão assumir as dívidas; e a direção da igreja será compensada por seu trabalho e em seguida, demitida. Ao final dessas operações, se houver saldo em caixa, a Mars Hill irá distribuir os valores às igrejas que optarem por seguirem independentes, e o último ato será a dissolução da atual Mars Hill de Seattle.