Marta Suplicy assumiu o ministério da Cultura e já intensificou seu apoio à candidatura de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. Suas funções no Senado serão agora exercidas por seu suplente Antônio Carlos Rodrigues (PR-SP).
Católico, Rodrigues já se posicionou contra o casamento gay e o aborto. Ele disse que a igreja pautará suas ações no Senado. “Vou seguir sempre as posições da Igreja Católica nas votações. Para mim homem é homem e mulher é mulher. Também sou contrário ao aborto e à eutanásia”, afirmou na quarta-feira passada (12) o vereador paulistano, após uma sessão na Câmara Municipal marcada pelas homenagens dos colegas ao novo senador por São Paulo, segundo O Estado de S. Paulo.
Ativistas homossexuais expressaram sua preocupação com Rodrigues assumindo a posição de Marta, que é a relatora da PLC 122, projeto de lei que criminaliza a homofobia. Um grupo defensor dos direitos homossexuais chegou a enviar um email à Marta pedindo sua substituição e chamando-o de “evangélico” e “homofóbico”, de acorod com o Correio Braziliense.
Marta não comentou sobre o assunto, mas manteve o suplente em sua função. Rodrigues licenciou-se da Câmara Municipal de São Paulo, mas manterá sua campanha à reeleição para o cargo de vereador. Após as eleições, ele renovará a licença e assumirá a cadeira no Senado.
Durante a posse no novo cargo, Marta afirmou que “a grande maioria dos evangélicos não é homofóbica. Eles respeitam a diversidade”.
De acordo com a Veja, ela ainda explicou que não houve constrangimento com a opinião de seu suplente no Senado, Antônio Carlos Rodrigues, contra o casamento gay e o aborto. “Ele estava na minha coligação partidária, é o meu suplente. Não tenho nada a dizer sobre isso”, disse a agora ministra.
Marta é relatora da proposta que inclui no Código Civil a união civil de pessoas do mesmo sexo. A questão já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal. Conhecida por ser defensora do movimento gay e do aborto, ela é considerada “musa “do ativismo homossexual.