Cristãos de diferentes profissões, em várias partes do mundo, passaram a ter que enfrentar o risco de se verem obrigados a prestar serviços que vão na contramão do que a Bíblia ensina. Um exemplo disso é o caso da juíza Dianne Hensley, do Estado do Texas, Estados Unidos.
Dianne é juíza de paz no Texas, e como tal tem como uma das suas atribuições a realização de casamentos. Contudo, quando os Estados Unidos legalizou a união entre pessoas do mesmo sexo em 2015, ela optou por abandonar essa função, resolvendo não fazer qualquer tipo de cerimônia matrimonial.
No ano seguinte, porém, baseada na Lei de Restauração da Liberdade Religiosa do Texas (Texas Religious Freedom Restoration Act), aprovada desde 1999, a qual busca impedir que o governo imprima algum tipo de prejuízo contra o livre exercício da fé religiosa dos cidadãos, ela decidiu retomar as suas atividades.
Já em 2019, então, decidida a não celebrar casamento gay por questão de consciência religiosa, a juíza Dianne elaborou uma lista contendo o nome dos locais e outros juízes que poderiam celebrar estas cerimônias, a fim de que a comunidade local, da sua jurisdição, pudesse ter alternativas.
Punição
Mesmo tendo a iniciativa de oferecer alternativas à comunidade, a Comissão Estadual de Conduta Judicial do Texas acabou punindo a juíza cristã com uma sanção, alegando que ela estaria cometendo discriminação e deixando de cumprir o seu juramento.
Em vez de recorrer da punição, agora, segundo a CBN News, Dianne decidiu processar o Estado do Texas, levando o seu caso para a Suprema Corte. Segundo Hiram Sasser. advogado do First Liberty Institute, um escritório advocatício que defende a liberdade religiosa, a intenção da juíza foi a melhor possível.
“Sua maneira de conciliar suas crenças religiosas enquanto atende às necessidades de sua comunidade não é apenas legal, mas deve ser um modelo para funcionários públicos em todo o Texas”. disse Hiram.
O objetivo de Dianne, agora, é vencer na Suprema Corte, a fim de que o seu caso se transforme em jurisprudência, podendo ser usado como ferramenta de defesa em acusações futuras. “Adoraria ganhar, porque acho que é certo”, diz ela.
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