O crescimento da influência da esquerda no meio evangélico motivou um pastor a tratar do assunto de forma direta, afirmando que as filosofias que movimentam essa visão política se opõem completamente ao Evangelho de Jesus Cristo.
Jonas Madureira, teólogo e pastor da Igreja Batista Nações Unidas, em São Paulo, abordou o tema “marxismo cultural” no canal Perguntar Não Ofende (PNO) no YouTube, sob a perspectiva das várias influências exercidas por essa filosofia nas mais diversas áreas da sociedade, e foi enfático ao dizer que são contrárias aos princípios do Evangelho.
A “revolução comunista” não se resume à mudanças nas áreas econômicas e políticas, mas principalmente sobre paradigmas, com a proposta de modificar o “modo de pensar” das pessoas, com ações violentas contra quem não se submete a essa linha ideológica, tornando-se “uma violência à dignidade humana”.
“O marxismo cultural tem contaminado diversos aspectos da sociedade, não é uma visão apenas econômica e política… Essa invasão passou a se tornar uma invasão horizontal, alterando a maneira com que as pessoas pensam, influenciando sobretudo a educação, a mídia e o Direito”, resumiu, referindo-se à atuação inclusive na Justiça.
O movimento de influência descrito por Madureira refere-se a uma tática pregada por Antonio Gramsci, um filósofo marxista que pregou a ocupação do Estado e da sociedade com militantes fiéis à ideologia, para que a revolução fosse feita silenciosamente e estivesse pronta quando um político fiel à causa chegasse ao poder.
No vídeo que se tornou viral essa semana, o pastor Jonas Madureira explicou que, ao dominar as três esferas do Poder e ditar os padrões culturais e as referências da mídia, o marxismo cultural ganhou status de influenciador inclusive da religião.
Nesse contexto, Madureira recusou de forma clara a possibilidade de um cristão ser “de esquerda”, e explicou as razões: “É como se a gente estivesse perguntando se o cristão pode ser ateu. A cosmovisão socialista em seu sentido puro, fundamental, é anticristã, antagônica à fé cristã”.
“Não podemos dizer que as coisas são inerentemente más. A cosmovisão socialista tem ‘boas linhas’, que até refletem a boa dádiva de Deus, mas não é completamente adequada a realidade que a gente vive”, encerrou Madureira, que também é mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) e editor na Editora Vida Nova.