O jogador cristão Maurício Souza, da Seleção Brasileira de vôlei, foi afastado de seu clube por se manifestar nas redes sociais contra o uso de ícones da cultura pop, como o Superman, como ferramenta de militância progressista.
O Minas Tênis Clube afastou Maurício Souza por tempo indeterminado, exigindo que ele se retrate publicamente e aplicou uma multa ao salário do jogador.
A ação da equipe foi resultado de uma pressão realizada pelos patrocinadores, que pediram “medidas cabíveis” contra o atleta, de acordo com informações do GE.
A polêmica se iniciou quando Maurício Souza criticou o anúncio de que a DC Comics estava transformando o Superman num personagem bissexual: “‘É só um desenho, não é nada demais’. Vai nessa que vai ver onde vamos parar”, comentou.
A publicação incomodou um companheiro de Seleção, Douglas Souza, que é homossexual: “Se uma imagem como essa te preocupa, sinto muito, mas eu tenho uma novidade pra sua heterossexualidade frágil […] Vai ter beijo sim”, retrucou.
Alguns dias depois, Mauricio voltou ao tema e negou que seu posicionamento fosse fruto de insegurança: “Hoje em dia o certo é errado e o errado é certo. Não se depender de mim. Se tem que escolher um lado, eu fico do lado que eu acho certo! Fico com minhas crenças, valores e ideais”.
Desabafo
Em sua conta no Instagram, Maurício Souza escreveu na legenda de um vídeo que “lutar pelo que se acredita é para poucos”, e prometeu ir “até o fim” na defesa desses valores.
“Não tenho nada contra nenhum tipo de pessoa, sendo ela hetero ou homo. Isso para mim é indiferente. A minha luta é outra. Assim como as pessoas pedem respeito pela opinião delas, quem pensa diferente também tem que ter respeito”, disse o jogador.
Ele também defendeu a liberdade de expressão sem restrições: “A desigualdade é muito grande. Quando uma pessoa é conservadora, de direita, preza por valores, preza pela família, por tudo aquilo que Deus deixou para a gente escrito na Bíblia, que é o certo, ‘está errado’, é criticado, apedrejado, milhões de mensagens falando que você é um lixo, que você não presta, não sabe jogar vôlei direito… e a gente tem que aguentar”.
A cobrança por igualdade verdadeira também foi feita pelo atleta: “Não posso ser homofóbico porque eu penso diferente, tenho outra visão das coisas, valorizo outras coisas, gosto de conservar a tradição, a família tradicional, os valores que estão escritos na Bíblia”.
“Não sou homofóbico porque eu tenho coragem de falar as coisas que eu acho certo. Mas tem que respeitar, assim como eu respeito opinião, a escolha de cada um. Só não mexe com crianças por que isso me revolta. Não queira mudar a mentalidade de uma criança”, acrescentou.
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