Limite é uma palavra (e um conceito) que parece não fazer parte do vocabulário dos terroristas do Estado Islâmico. Uma menina de 09 anos de idade, da minoria yazidi, foi estuprada por 10 extremistas islâmicos e ficou grávida.
A notícia estarrecedora correu o mundo na última quarta-feira, 15 de abril, após denúncia feita pelo jornal inglês The Independent.
A minoria étnica yazidi, assim como os cristãos do Iraque, são perseguidos pelos jihadistas, e muitas das mulheres de ambos os grupos foram feitas reféns durante a tomada dos territórios pelo Estado Islâmico.
A criança ficou em cativeiro e foi violentada sexualmente por 10 homens, definidos como “monstros” pelo jornalista Lucandrea Massaro, do site Aleteia. O caso só foi descoberto por causa da intervenção de uma ONG curda, que a resgatou e enviou à Alemanha, onde está recebendo tratamento.
Yousif Daoud, agente humanitário que participou da ação, afirmou que a criança ficou “mental e fisicamente traumatizada” com os abusos sofridos, e não está descartada a hipótese de que ela não consiga superar as memórias da violência sofrida.
“Além disso, ela é tão jovem que pode morrer se der à luz um bebê. A cesariana também é perigosa”, disse Daoud.
Os agentes que a encontraram disseram que ela estava “em péssimo estado”, e precisava de cuidados urgentes: “Tinha sido estuprada por não menos que dez homens, a maioria milicianos na linha de frente, que ‘ganham’ meninas como recompensa”, informou o jornal canadense The Star.
Recentemente, os terroristas libertaram 216 yazidis, dentre eles, aproximadamente 40 crianças, que tinham sido mantidos reféns durante oito meses. A atitude representa, segundo analistas, uma redução da força do Estado Islâmico no Iraque e um recuo devido à pressão que a coalizão internacional vem fazendo sobre o grupo, através de ofensivas militares por terra no Iraque.
A criança estuprada faz parte de um grupo libertado anteriormente, formado por centenas de mulheres e meninas que eram mantidas em cativeiro para serem violentadas pelos animais jihadistas.