As polêmicas com movimentos homossexuais não se resumem ao discurso antagônico que igrejas e ativistas sustentam. Há no cristianismo uma vertente relativamente nova identificada pelo rótulo “teologia inclusiva”, e que prega a aceitação da homossexualidade como uma condição irrelevante em termos eclesiásticos, o que contraria o senso comum na maioria das igrejas evangélicas.
No Brasil, começam surgir inúmeras igrejas inclusivas que acolhem homossexuais sem exigir ou incentivar o abandono da prática homossexual. O caso mais famoso é o da pastora Lana Holder, que após testemunhar a libertação da homossexualidade, voltou atrás e se assumiu lésbica, fundando a Comunidade Cidade de Refúgio.
Parte desse movimento inclusivo, a Igreja Cristã do Evangelho Para Todos foi tema de um documentário intitulado O Mesmo Amor, em que a produtora FireHouse Media colheu depoimentos de pastores, obreiros, membros e frequentadores da denominação, que é inclusiva.
Há no documentário também o depoimento do pastor Joide Miranda, ex-travesti que abandonou a prática homossexual, se casou com uma mulher e agora é pai. Joide ficou nacionalmente conhecido ao participar dos programas de TV do pastor Silas Malafaia, tido como inimigo pelos ativistas gays.
Na sinopse do documentário O Mesmo Amor, o projeto é definido como “um retrato da relação de homossexuais com a religião a partir da história de vida de personagens que encontraram, dentro de um ambiente religioso que acolhe a diversidade, conforto e realização com a própria fé”. Implicitamente, o roteiro elaborado por Paulo do Valle, Ligia Dumit, Luiza Judice e Mariane Galacini enaltece a iniciativa dos fundadores da igreja inclusiva Para Todos.
O filme apresenta entre outros depoimentos, a história de um casal de lésbicas que abandonaram seus casamentos convencionais para viverem juntas, e afirmam que terem descoberto a igreja inclusiva complementou seu relacionamento.
Confira no vídeo abaixo, o documentário O Mesmo Amor na íntegra:
Por Tiago Chagas, para o Gospel+