A primeira-dama Michelle Bolsonaro e a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, se encontram com o papa Francisco nesta sexta-feira, 13 de dezembro, no Vaticano. A breve reunião também contará com a presença das primeiras-damas de Portugal e Colômbia.
O Vaticano convidou as esposas dos presidentes através da Aliança das Primeiras-Damas Latino-Americanas (ALMA), iniciativa criada recentemente pela primeira-dama paraguaia, Silvana Abdo.
De acordo com informações da BBC Brasil, Michelle Bolsonaro chegou a Roma na quinta-feira, 12 de dezembro: “Recebemos o convite para o encontro com o papa, que vai apresentar a expansão de seu projeto para retenção escolar. O Vaticano vai inaugurar uma nova sede do projeto e pediu que a primeira-dama paraguaia transmitisse o convite para as demais primeiras-damas”, disse Leticia Casadi, diplomata paraguaia e coordenadora técnica da ALMA.
“O papa vai apresentar o programa pessoalmente e as primeiras-damas do Brasil e da Colômbia, entre outras, confirmaram a presença”, acrescentou a diplomata.
A viagem será oportunidade para que Michelle Bolsonaro e Damares Alves, além das demais primeiras-damas, conheçam o trabalho da FAO, braço da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Alimentação e a Agricultura, sediada em Roma.
Para Damares Alves, a oportunidade de se encontrar com o papa está sendo vista de forma positiva, informou um assessor: “Muita gente vai estranhar que ela, evangélica, vá se encontrar com o líder da Igreja Católica. Mas o que se esquecem é que a Damares tem uma relação excelente com várias áreas e membros da Igreja Católica, principalmente por sua atuação pró-vida, na defesa dos bebês e contra o aborto”, disse o integrante da equipe da ministra.
“Várias das falas que depois ficaram polêmicas foram feitas em igrejas católicas”, afirmou o assessor, referindo-se ao trabalho junto aos católicos realizado por Damares antes do convite para atuar como ministra no governo Bolsonaro. “O papa Francisco encaminhou pelo Sínodo da Amazônia a questão do infanticídio indígena. Essa é uma das principais pautas dela. Eles concordam”, acrescentou.
De maneira oficial, a assessoria do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos declarou que a reunião na FAO terá como assunto principal a situação de “mulheres que vivem em zonas rurais”, e o que se faz necessário para que o governo forneça ajuda. “Esse é um tema caro à ministra e a aproximação com as Nações Unidas é bastante oportuna”, concluiu.