O Templo de Salomão vem sendo investigado pela prefeitura da cidade de São Paulo e caso as suspeitas de irregularidades se confirmem, a Igreja Universal do Reino de Deus poderá ter que demolir o megatemplo para a construção de moradias populares.
O procurador Maurício Antônio Ribeiro Lopes, que vem acompanhando as investigações, afirmou numa entrevista à rádio CBN que se as suspeitas de fraude forem confirmadas, 40% da área total do terreno deverá ser destinado a casas populares.
Os problemas legais em torno do megatemplo começaram em 2008, antes do início das obras, quando a prefeitura paulistana deu permissão para a construção através de um alvará de reforma emitido pelo Departamento de Aprovação de Edificações (Aprov), durante a gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD).
O alvará de reforma permitia à Igreja Universal do Reino de Deus construir o Templo de Salomão sem destinar 40% do terreno à moradia popular, uma exigência da lei de zoneamento da cidade. De quebra, o alvará de reforma livrava a denominação do bispo Edir Macedo de pagar uma taxa de 5% do valor da obra, aproximadamente R$ 35 milhões.
Como o terreno onde o megatemplo foi erguido ocupa um quarteirão inteiro na avenida Celso Garcia, no Brás, foi necessário demolir diversos imóveis, o que caracteriza uma nova construção, e não uma reforma.
Diante disso, o Ministério Público aguarda o levantamento das informações por parte da prefeitura e da própria Igreja Universal para decidir quais ações tomar, e não exclui a possibilidade de pedir na Justiça a demolição do Templo de Salomão para a construção das casas populares.
No entanto, como a nova sede da Igreja Universal já é considerada um cartão postal da cidade, devendo se tornar um ponto turístico, é possível que as ações tomadas contra a denominação sejam outras, de acordo com informações do site Infomoney.