Uma publicação feita pelo Ministério da Saúde, administrado atualmente pela socióloga Nísia Trindade, provocou indignação nas redes sociais. Isso porque, o texto que tratava e uma campanha sobre o puerpério não mencionava a palavra “mulher” ou “mãe”, mas sim “pessoa que pariu”.
A não menção da palavra “mãe” ou “mulher” é fruto do ativismo ideológico de gênero que, além de deturpar a noção de sexualidade humana, também vem deturpando a linguagem, uma vez que é através do significado das palavras que o ser humano forma pensamento.
Com isso, a pasta da Saúde fez a seguinte publicação, com destaque nosso: “O que é o puerpério? Também conhecido como pós-parto, puerpério é o período que ocorre após o parto. Nesta fase, o corpo de quem pariu está em processo de recuperação passando por uma série de modificações físicas, emocionais e psicológicas”.
Na sequência, o texto fornece mais detalhes sobre o que é puerpério, voltando a omitir que apenas mulheres no período pós-gestacional e, portanto, mães, atravessam essa fase da vida, reforçando a tese de que a intenção do Ministério da Saúde foi, de fato, promover a ideologia de gênero.
“Estima-se que o tempo médio do puerpério é de seis semanas, começando imediatamente após o parto do bebê. Contudo, esse período pode ser variável de acordo com cada realidade, especialmente quando relacionado à amamentação. Durante esta fase, a pessoa que pariu ou vivenciou uma perda gestacional está readequando a sua rotina à nova realidade”, continua o texto, também com destaque nosso.
Críticas
A publicação da pasta administrada agora pelo governo Lula recebeu várias críticas, inclusive da Associação de Mulheres, Mães e Trabalhadoras do Brasil (Matria), que emitiu uma nota de repúdio contra a militância explícita de um órgão que deveria ser exclusivamente técnico.
“O governo [Lula] nos faz regredir, em pleno século 21, ao status contra o qual lutamos há milênios: o de sermos vistas apenas como um corpo desprovido de cidadania, um ‘corpo que pare’, uma ‘pessoa com útero’, ‘que menstrua’, ‘com vagina’ ou qualquer outro termo desumanizante como os que o governo vem adotando por meios de seus órgãos oficiais, sob o manto de um suposto progressismo”, diz um trecho da nota.
Com a repercussão negativa sobre a publicação da Saúde tratando do puerpério, a pasta excluiu a publicação original, o que não adiantou muito, já que a imagem negativa contra o governo já havia sido cravada. Confira: