O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, está confiante na vitória do seu país frente ao surto do novo coronavírus, mas também demonstrou preocupação com o avanço da doença entre os israelenses, segundo ele, por estar dobrando o número de infectados a cada três dias.
Benjamin Netanyahu tem sido bastante cauteloso desde o início do surto, quando ele surgiu inicialmente na China. Segundo informações do Times of Israel, o primeiro-ministro já tinha alertado sobre o perigo do Covid-19 antes mesmo da Organização Mundial de Saúde declarar a pandemia em nível global.
“Digo ‘crise’, mas deve-se entender que estamos no meio de uma pandemia global”, disse Netanyahu ao comentar o surto em 4 de março, depois de se reunir com as principais autoridades dos serviços de emergência.
“Eles não chamam assim [de pandemia global], mas isso é verdade e precisa ser dito. Pode ser que esteja entre as mais perigosas dessas pandemias nos últimos 100 anos”, completou o primeiro-ministro de Israel na ocasião. Apenas uma semana depois,a OMS emitiu um comunicado reconhecendo a pandemia.
Preocupação
Netanyahu expressou preocupação com a multiplicação dos infectados pelo coronavírus em Israel, anunciando que o país poderá adotar medidas de isolamento e restrição das atividades comerciais caso a situação piore consideravelmente.
“Se não virmos uma melhoria imediata nesta tendência, não teremos escolha a não ser declarar um fechamento total, exceto para compras de alimentos e medicamentos”, disse ele, mas lembrando do quanto a história do povo judeu tem a ensinar sobre superação.
“O mês [hebraico] de Nissan, que começa hoje à noite, o mês da primavera e do êxodo do Egito, nos lembra que nosso povo suportou tempestades violentas. Isso dá força. Isso dá esperança. Sobrevivemos a faraó e, embora a batalha seja difícil e intransigente, também sobreviveremos ao corona, com a ajuda de Deus e de vocês, cidadãos de Israel”, afirmou.