A mulher extremista muçulmana que decapitou uma menina de 4 anos de idade e exibiu a cabeça em público, enquanto gritava palavras de ordem anunciando “o fim”, afirmou que o crime foi um pedido de Alá, o deus do islamismo.
Gulchehra Bobokulova, 38 anos, mãe de três filhos, afirmou a repórteres que a decapitação da menina – de quem ela era babá – foi feita porque “Alá ordenou”.
Segundo informações da BBC, a confissão foi feita enquanto ela era levada ao tribunal de Moscou, onde foi ouvida pela Justiça russa. A mulher será submetida a exames para comprovar sua sanidade mental, pois há suspeitas de que ela tenha algum distúrbio.
Pelo que a Polícia apurou até o momento, a extremista teria aguardado a saída dos pais da menina do apartamento para matá-la. Câmeras de segurança que a filmaram próxima a uma estação de metrô da capital russa mostraram o momento que ela tirou a cabeça da menina de uma bolsa e passou a exibi-la, gritando “Allahu Akbar” (“Alá é grande”) e “eu sou uma terrorista”.
Testemunhas disseram que ela também protestava sobre questões políticas e anunciava o fim do mundo, com frases como “eu odeio a democracia”, “eu sou uma mulher-bomba”, “eu vou morrer em um segundo” e “o fim do mundo está chegando em um segundo, eu sou sua morte”.
Embora não tenham encontrado explosivos com a mulher, os investigadores procuram saber se há alguém envolvido com o crime, e se ela teria sido “incitada” a matar a criança e fazer ameaças em nome da religião muçulmana.
Os russos se mobilizaram para expressar seu pesar por esta tragédia, e em homenagem à criança, muitos cidadãos de Moscou têm ido à estação de metrô Oktyabrskoye Polye e ao apartamento onde ela vivia para deixar brinquedos e flores.