O radicalismo religioso presente no mundo islâmico não é compartilhado por todos que acreditam nos ensinamentos do Alcorão. A prova disso pode ser observada em um acontecimento recente, ocorrido no município de Kutulo, no Quênia, quando muçulmanos colaboraram para salvar a vida de trabalhadores cristãos.
Na região do condado de Mandera, no nordeste do Quênia, está sendo construído um hospital público. Ocorre que a maioria dos trabalhadores que atuam na obra é de cristãos, vindos de outras regiões do país.
Por causa disso, segundo informações da Portas Abertas reportadas pelo Premier, o grupo terrorista muçulmano Al-Shabaab planejou um atentado contra os trabalhadores cristãos no último dia 21 de julho.
Felizmente, a população local, composta majoritariamente por muçulmanos, alertou os cristãos do iminente atentado terrorista. Isso permitiu que eles evacuassem a região, se escondendo dos terroristas.
“Eles confrontaram os pistoleiros que foram ao local e não conseguiram o que queriam. Os atacantes abriram fogo, mas ninguém ficou ferido antes de escapar”, disse o comissário regional Mohamed Birik, do Nordeste do país.
Segundo um voluntário da organização Portas Abertas, o alerta dado aos cristãos foi uma “demonstração de solidariedade dos habitantes locais”. Ao menos 20 trabalhadores conseguiram se evadir da região com suas vidas intactas.
Apesar de ocupar a posição número 40 na lista de perseguição religiosa mundial da Portas Abertas, o Quênia tem se mostrado uma região perigosa para os cristãos que vivem no país.
“A área parece mais com a Somália do que com o Quênia e geralmente é um lugar muito hostil para os cristãos”, disse o voluntário da organização.
“A maioria dos crentes que moram aqui vieram de outras áreas do país para trabalhar e outros para o ministério. Mas eles são tratados como estranhos indesejados e enfrentam muito assédio e a contínua ameaça de ataques direcionados do Al-Shabaab”, completou.