Em 2014, o número absurdo de 276 meninas foram sequestradas pelo grupo terrorista Boko Haram em uma escola localizada em Chibok, cidade da Nigéria, na África. Dessa vez, novamente os radicais islâmicos invadiram outra escola de ensino médio na cidade de Dapchi, no noroeste do país, no último dia 19, levando com eles 110 estudantes.
Na ocasião, haviam 906 estudantes, segundo informações do governo nigeriano. Do total, 110 ainda estão desaparecidas. O ataque ocorre quatro anos após o de 2014 e embora o Boko Haram ainda não tenha reivindicado o sequestro, autoridades já afirmaram que se trata do grupo, devido aos métodos de ataque serem os mesmos do anterior.
A suspeita é de que o grupo sequestre as garotas para fazerem de escravas sexuais ou “esposas”, como da primeira vez, onde muitas das que foram libertas voltaram grávidas dos terroristas.
“Eu os ouvi gritar: ‘Nos mostre onde é a escola! Nos mostre onde fica a escola de meninas!”, relatou o fazendeiro local Usman Katarko ao comentar o encontro com os terroristas, segundo informações da agência Associated Press.
“O governo tem o dever de resgatar nossas filhas. É responsabilidade deles trazê-las em segurança para casa porque nós as colocamos na escola acreditando que elas estariam sob a proteção do governo”, disse um dos pais das alunas sequestradas, ainda segundo a matéria.
O Presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, disse que iria “esmagar o Boko Haram” durante às eleições de 2015, mas até o momento a população ainda sofre com o terrorismo dos radicais que desejam “eliminar a educação ocidental”. Embora as pressões por soluções tenham aumentado, o Boko Haram mostra indícios de que se mantém organizado e na ativa, contrariando a expectativa do governo.
Criado em 2009, o Boko Haram pretende criar um “Estado Islâmico” no país. Desde então, mais de 1,6 milhões de pessoas tiveram que abandonar suas casas e 20 mil foram mortas, entre elas milhares de cristãos, a comunidade mais perseguida no país que é de maioria muçulmana.