A Alemanha tem sido, até agora, o principal destino de milhares de imigrantes que deixam seus países no oriente fugindo do extremismo islâmico. E uma igreja, em especial, tem sido procurada por centenas deles.
A Trinity Church, em Berlim, liderada pelo pastor Gottfried Martens, viu o número de fiéis saltar de 150 para mais de 600 em apenas dois anos. De acordo com informações da agência Associated Press, Martens acolhe os refugiados e fala a eles da mensagem do Evangelho. Muitos se convertem.
“Você vai romper com Satanás e seus maus atos? Você vai romper com o Islã?”, questiona o pastor Martens ao iraniano Mohammed Ali Zonoobi, um carpinteiro que buscou refúgio com a esposa e dois filhos na Alemanha. “Sim”, responde Zonoobi.
Depois de confessar sua fé em Jesus Cristo, ele é batizado “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” pelo pastor e deixa de ser Mohammed para se tornar Martin, um novo convertido.
A história de Zonoobi é ilustrativa para centenas de casos de pessoas que procuram ajuda para deixar a vida difícil no Oriente Médio e encontram no Evangelho a oportunidade de deixar o islamismo para trás e conseguir asilo político na Alemanha.
Segundo o pastor, a decisão de “entregar a vida para Jesus”, em muitos casos, é influenciada pela tentativa de conseguir abrigo oficial no país, pois como no Irã e Afeganistão, por exemplo, a conversão de um muçulmano ao cristianismo é punida com a morte, é improvável que o governo alemão os deporte.
No entanto, o líder evangélico conta que não se importa com isso, pois a cada vez que alguém procura ajuda na igreja, ele tem uma oportunidade de falar do Evangelho. Como resultado, menos de 10% dos que se batizam deixam de frequentar os cultos.
Ainda temerosos, os novos convertidos preferem manter suas identidades em sigilo, e no momento que procuram as autoridades para pedir asilo, não falam abertamente sobre sua conversão, pois temem que sejam deportados com registros de sua conversão ao cristianismo, e terminem morrendo em seus países.
Zonoobi, no entanto, garante que seu caso é diferente. Ele revelou que anos atrás ele havia ganho uma Bíblia de seus amigos cristãos e participava de cultos secretos. Quando completou 18 anos, decidiu que fugiria para a Alemanha na primeira oportunidade, pois havia visto seus amigos serem presos por seguirem o cristianismo.
Ele e sua esposa Afsaneh, que passou a atender pelo nome de Katarina, definem o batismo como um recomeço: “Agora somos livres e podemos ser nós mesmos. O mais importante é que os nossos filhos terão um bom futuro aqui e poderão obter uma boa educação na Alemanha”, conclui.