As diferentes modalidades de esporte movimentam um mercado bilionário no mundo inteiro, atraindo a torcida de milhões de pessoas. Mas, para o pastor Mark Jones, isso faz com que os cristãos também devam ter uma atenção especial sobre os riscos da prática da idolatria no meio esportivo.
No Brasil, por exemplo, o futebol é uma paixão nacional, e para muitos se trata de algo que vai além da simples torcida, pois também envolve algum nível de fanatismo.
“Nós somos adoradores. Não está em questão se adoramos, mas o quê ou quem adoramos. E atualmente, muitos adoram os esportes de uma forma ou de outra”, diz o líder da igreja Faith Presbyterian Church, em Vancouver, no Canadá.
Ao descrever a experiência que teve em um estádio, Jones disse ter ficado preocupado com o que viu, pois tudo se assemelhava a uma adoração. “Canções apaixonadas, desejo de vencer, unidade de espírito, adoração direcionada, lamento pelas falhas, lotação máxima, e tudo em um lindo santuário”, lembra o pastor.
“Isso pode soar como um culto religioso, mas na verdade foi a experiência que tive há alguns anos em um jogo de futebol profissional na Inglaterra”, continua Jones, explicando que não existe problema, em si, em torcer por um time.
O problema, segundo o pastor, está no modo como enxergamos o esporte. A idolatria, neste caso, se caracteriza pela devoção exagerada a alguém ou a um time, fazendo com que essas coisas se tornem mais importantes do que o real sentido da vida, que é servir a Deus.
“O desejo, a alegria, o medo e o luto são paixões que correm soltas entre muitos fãs de esportes, e onde paixões fortes caminham soltas, é necessário proceder com muito cuidado”, alerta o pastor.
Sintomas
Jones observa que os cristãos devem estar atentos aos riscos da idolatria através do esporte, por exemplo, observando se não estão deixando de adorar mais a Deus por causa da torcida, segundo o Voltemos ao Evangelho.
Outra questão apontada pelo religioso diz respeito ao comportamento emocional diante das derrotas de um time, por exemplo. “Alguns homens podem ficar tão angustiados ou zangados quando o seu time perde que descarregam a sua raiva nos outros, até mesmo nos seus próprios familiares. Isto é uma violação do sexto mandamento”, explica o pastor.
E conclui: “Como filhos, o amor a Deus Pai (1 João 3.1) é um deleite que nos liberta da escravidão pela glória do esporte. Portanto, a não ser que o nosso amor a Deus esteja baseado em tudo o que Ele fez e fará por nós, ficaremos cada vez mais viciados em atividades mundanas, como os esportes”.