Uma mulher que teve a morte encomendada pelo próprio marido falou de Deus para aquele que seria seu carrasco e teve a vida poupada.
Tudo aconteceu no dia 25 de junho, por volta das 19h00, quando a vítima saía da academia, na cidade de Itu, interior de São Paulo. Ela e o marido seguiam para casa em carros distintos, e uma simulação de defeito mecânico fez o casal parar os veículos para ver o que estava acontecendo.
“Ele foi na frente, mas de repente começou a andar devagar e ligou o pisca-alerta. Parei do lado e perguntei o que tinha acontecido. Ele disse que tinha um probleminha e me pediu para parar logo à frente”, contou a vítima. No entanto, o defeito não existia, e era apenas uma encenação para que os homens contratados pelo marido da vítima pudessem raptá-la.
De acordo com informações do G1, a frieza do marido era tanta que o filho do casal assistiu tudo, e chegou a dizer para o pai que estavam levando sua mãe, e o homem respondeu que não poderia fazer nada.
A vítima foi levada para um matagal na cidade de Indaiatuba (SP), onde seria morta. A mulher contou à Polícia e à imprensa que, quando ficou sozinha com apenas um dos raptores, ouviu dele que ela seria morta a mando do marido.
Sem muitas opções, ela apelou para Deus e começou a pedir que o homem não tirasse sua vida pois seu filho ficaria sem mãe: “Eu falei muito de Deus para ele. Falei: ‘Não faz nada comigo, Deus tem compaixão da sua vida. Deus ama a sua vida. Eu tenho um filho de quatro anos, eu não quero morrer'”, afirmou, emocionada.
O bandido, arrependido, resolveu ajudar a mulher a fugir e chamou um taxi para que ela voltasse para casa em segurança: “Ele falou que era o meu marido que queria me matar. Que eu não podia ficar mais naquele lugar junto com ele, porque eles [se referindo aos outros dois criminosos] iam voltar e iam querer me matar. E ele não ia me matar. Nisso ele chamou um táxi e me mandou para a casa dos meu pais”, contou.
O marido e dois dos sequestradores foram presos dias depois, quando uma gravação da encomenda da morte pelo marido foi apresentada como prova, corroborando o depoimento do bandido arrependido.